Dois alunos do Colégio Bom
Jesus, foram assaltados na Avenida Ipiranga, próximo à esquina com a rua Raul
de Leoni, na tarde da última quinta-feira (25). Os crimes aconteceram
separadamente, em plena luz do dia, por volta de 13h. Segundo testemunhas, nas duas
ações, que foram rápidas, um mesmo homem levou o celular de dois estudantes. De
acordo com a direção do colégio, este já é o quinto assalto a aluno da unidade,
num período de 20 dias. Somente na quarta e quinta-feira, três roubos
semelhantes aconteceram na avenida, nas proximidades da Catedral São Pedro de
Alcântara.
A sequência de ações criminosas
deixa os pais muito preocupados. O comerciante Leonardo Fernandes, pai de um
aluno que passa pelo local todos os dias, já perdeu até noites de sono. “Está
tendo assalto direto. Alguém tem que fazer alguma coisa”, disse. Leonardo, que
busca seu filho no colégio todos os dias, presenciou o estado de choque dos
alunos após o assalto de quinta-feira. “Por volta de 13h30, quando cheguei lá,
vi esses dois jovens, de 14 anos, muito nervosos com o que aconteceu. A ação é
tão comum, que os bandidos agora obrigam a pessoa a desbloquear o celular para
que eles mudem as senhas e possam levar o aparelho sem ter problema com o
bloqueio. Para você ver como estão as coisas”, contou Leonardo, à nossa equipe.
Ainda de acordo com o
comerciante, crimes como estes são muito comuns. “Isso acontece quase todos os
dias. Tenho medo de alguém reagir e chegar a um ponto que fuja do controle. Nós
não queremos nada demais, somente segurança. Porque fica uma situação muito
complicada. Todo mundo conhece alguém que já foi assaltado na Ipiranga. Os
bandidos ficam de olho, sabem os horários de entrada e saída de alunos, e sabem
quando estão saindo para almoçar, ou ir ao fastfood, e é aí que eles
atacam.
"Ontem foram dois, amanhã
podem ser três, e assim vai”, reforçou Leonardo, que luta por um policiamento
intensivo na região.
O diretor do colégio Bom Jesus,
unidade Ipiranga, confirmou à nossa equipe que os assaltos são muito
frequentes. “Na verdade isso tem sempre. Nós acolhemos os alunos quando
acontecem algo desse tipo. Pedimos sempre que os responsáveis vão até a
delegacia registrar o boletim de ocorrência, para que a Polícia possa ter
estatísticas, e saber onde devem agir”, disse Anderson Stumpf.
Segundo o diretor, a Polícia
Militar foi informada do acontecido nos últimos dias, e o patrulhamento foi
reforçado na região. “Hoje (ontem) a PM esteve aqui e aumentou o policiamento
na rua. Graças a Deus eles estão nos dando todo o suporte. Só queremos que isso
seja permanente, para que possa inibir esse crime. Porque se a PM sai daqui,
começa tudo de novo. Já passamos por isso muitas vezes. Isso acontece com os
alunos de qualquer colégio daqui, ou qualquer pessoa que passe pela avenida. É
terrível!”, finalizou, fazendo um apelo.
A Tribuna entrou em contato com
o 26º Batalhão de Polícia Militar de Petrópolis, para saber sobre o
posicionamento da unidade sobre os crimes, e também como funciona o
policiamento na região. Porém, até o fechamento dessa reportagem, não obtivemos
uma resposta.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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