Na madrugada de domingo para segunda-feira, por volta de 1h45, um casal petropolitano estava passando pelo trecho e ouviu um barulho. A mulher, Marcilene Scantamburlo, que é professora universitária e está grávida de 6 meses, identificou que era uma pedra e como o casal já havia tomado conhecimento de casos anteriores, não parou para ver o que tinha acontecido. “Tínhamos falado disso horas antes de passar pelo local. Este golpe é antigo. Eles jogam a pedra, fazendo com que o motorista pare o carro para ver o que aconteceu. Por isso aceleramos, mas ficamos assustados. O barulho foi semelhante ao de um tiro”, revelou. Já o prejuízo, ela afirmou que deve ficar em torno de R$ 15 mil, para conserto do capô, para brisa e da coluna lateral, uma vez que o automóvel é uma Mercedes SLK 200.
Ela contou ainda que estava indo devagar pela faixa da direita e que, no momento, não passava outra coisa pela cabeça a não ser que seriam assaltados. “É preciso reforçar o policiamento no local. As pedras que estão na rodovia são de responsabilidade da Concer, portanto quem está viabilizando esse tipo de acidente é a concessionária. Pagamos um valor alto de pedágio para passar por esse tipo de situação”, lamentou.
No ano passado, Jefferson Ibrahim, de 47 anos, que é especialista em engenharia ambiental, passou por um caso parecido. Ele contou que desce a serra sempre porque atende alguns clientes no Rio e viu uma pessoa jogando uma pedra do tamanho de uma bola de futebol. “Ela caiu em cima do carro que estava na frente. Na hora, o motorista acabou se desgovernando e quase causou um acidente”, disse ele, acrescentando que o caso aconteceu por volta das 7h30.
Ele afirmou que ficou preocupado porque faz o mesmo trajeto com frequência. “Pagamos impostos, pedágio alto e não temos segurança. Acho que as pessoas devem denunciar e registrar as ocorrências para que algo seja feito. Ficamos muito preocupados com o trecho da Baixada Fluminense, mas esse próximo a rodoviária é tão perigoso quanto”, afirmou.
Questionada, sobre os casos citados, a Concer disse que esta é uma questão se segurança pública, cuja competência exclusiva no perímetro da BR-040 é da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Por outro lado, o comandante do 26 º Batalhão de Polícia Militar Marcelo Quinhões, afirmou que mesmo sendo de responsabilidade da PRF, a PM não vai fechar os olhos, uma vez que, está acontecendo dentro da cidade. “Tomei conhecimento destes incidentes na noite de domingo, por meio de um comentário em uma rede social e ontem já pedi aos oficiais que fiquem atentos aquele trecho e que seja feito um levantamento sobre o que está acontecendo ali”, disse.
Além disso, ele ressaltou a importância da população em denunciar os episódios que estejam acontecendo, por meio do Disque Denúncia (2242-8005).
Já a assessoria de imprensa da PRF, afirmou que o policiamento já foi reforçado no local, inclusive com helicópteros, por causa de registros sobre casos parecidos e também por conta da Copa do Mundo. De acordo com o assessor da PRF, José Hélio Macedo as denúncias são importantes porque ajudam para que o patrulhamento aconteça de forma mais eficiente. Ele destacou que elas podem ser feitas pelo telefone 191.
Fonte:Tribuna de Petrópolis
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