Com o tema “Quando você doa leite
materno, doa vida para o bebê e força para a mãe”, as unidades de saúde
pretendem aumentar o número de doações. No entanto, em Petrópolis, o
banco de leite que funcionava para a rede pública, no Hospital Alcides
Carneiro (HAC), está fechado há alguns anos. Apenas na rede particular
ainda existe a coleta e a captação, este no Hospital Unimed, que
funciona desde 2002.
Os bebês nascidos prematuros e que
precisam ficar na Unidade Intensiva de Tratamento (UTI) Neonatal, são os
que mais utilizam os leites doados. Já que não podem ficar sem atenção
médica, também não podem ter contato com as mães, o que prejudica também
a alimentação. O leite materno contém tudo que o bebê precisa até o
sexto mês de vida, inclusive água.
“É a principal fonte de nutrientes para o
bebê sem dúvidas. Nos primeiros dias de amamentação o leite é chamado
de 'colostro', já que contém mais proteínas e menos gorduras. A partir
do sétimo ao décimo dias a concetração de gordura aumenta, assim o leite
ao final da mamada é mais rico em energias e sacia melhor a criança”,
disse o pediatra Gustavo Benvenuti, responsável pelo banco de leite do
hospital Unimed. No local há uma equipe especializada para o trabalho
que conta com fonoaudióloga, Ana Cristina Penna e nutricionista Carolina
Machado, além de uma técnina de enfermagem que realiza o trabalho de
captação.
Apesar de ser o único local na cidade
que realiza o serviço, todo o material doado fica no próprio hospital. A
rede pública chegou a contar com o serviço de banco de leite, que foi
encerrado no Hospital Alcides Carneiro (HAC). Atualmente, os bebês que
precisam deste tipo de alimento nas UTIs Neonatais públicas da cidade,
utilizam leite industrializados.
“O leite materno contém todos os
nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento da criança
pequena, além de ser mais bem digerido quando comparado com leites de
outras espécies. Ele supre sozinho as necessidades nutricionais da
criança nos primeiros seis meses de vida”, disse o pediatra, lembrando
que não tem como doar o leite para um bebê específico.
No momento da doação, o material é
recolhido, passar por testes é pasteorizado e só depois de todo este
processo pode ser dado a um bebê recém nascido. Os responsáveis pelo
banco de leite afirmam que a mamãe que produz leite a mais do que o
necessário para seu bebê poder se tornar uma doadora ao invés de jogar o
alimento no lixo.
“A mãe que quiser ajudar é melhor que
entre em contato conosco primeiro, para saber como deve ser feita a
coleta se preferir fazer em casa. Também temos aqui como fazer. Mas a
captação exige uma série de cuidades para que o leite possa mesmo ser
utilizado”, disse Ana Cristina Penna, fonoaudióloga, lembrando que as
mamães que puderem ajudar podem procurar o serviço do hospital pelo
telefone (24) 2291-9846.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde,
após a reforma e ampliação da maternidade do Hospital Alcides Carneiro
(HAC), obra que está sendo realizada com recursos do programa Somando
Forças do governo do estado no valor de R$ 6 milhões, há previsão para a
instalação de um novo banco de leite na unidade. Ainda segundo a nota
enviada, o projeto é prioridade do governo e é inclusive pauta de
discussão nas reuniões do Conselho dos Direitos da Mulher.
Doação de leite materno
A campanha deste ano do Ministério da
Saúde, tem como meta aumentar em 15% o volume de leite coletado no
Brasil, ampliando o número de bebês beneficiados. A campanha é
necessária porque algumas mães não conseguem amamentar seus filhos por
algum motivo e precisam de doações.
Qualquer mulher que amamente tem
condições de doar leite para bebês prematuros e de baixo peso. Para
isso, basta procurar o banco de leite mais próximo de sua casa e se
informar.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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