Outras paralisações ocorreram em 2007 e 2011, acumulando promessas não cumpridas. O Plano Especial de Cargos da Cultura e Gratificação Específica de Atividade Cultural, que seria instituído pelo projeto de Lei 11.233, de 2004, é um exemplo de proposta que nunca saiu do papel. Em todo o Brasil, 30 instituições permanecerão de portas fechadas até que um acordo seja feito. Só no Rio de Janeiro, a greve atinge a 18 museus, institutos e escritórios do Ministério da Cultura.
“Não há nenhum avanço com o Ministério do Planejamento, por isso a greve continua. Em Petrópolis, há uma grande evasão dos funcionários, que chega a 75%, isso porque não há valorização profissional. Este ano, cerca de 30% dos concursados irão se aposentar e teremos um vazio ainda maior”, informou a funcionária do Museu Imperial, Carolina Knibel.
Com a greve, muitos turistas que visitam a cidade todos os dias ficam frustrados. Só o Museu recebe entre 1mil e 3 mil turistas. Na tarde de ontem, um grupo de franceses reclamaram das portas estarem fechadas. “Eles estavam ansiosos para conhecer o Museu e tirar fotos nos jardins, mas infelizmente nem a parte de fora está aberta. É uma pena! Terá que ficar para uma próxima oportunidade”, explicou a guia de turismo, Fernanda Isidoro.
O Ministério do Planejamento declarou, no entanto, que não vai autorizar aumentos salariais neste ano, para evitar impacto fiscal e porque ainda está em vigor um acordo assinado pela Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), que garantiu reajuste de 15,4% em três anos – 2013, 2014 e 2015.
Fonte:Tribuna de Petrópolis
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