Inverno é a estação ideal para alguns tratamentos de pele

A chegada do inverno traz a possibilidade de novos tratamentos para a pele. Procedimentos como aplicação de ácidos, laser e intervenções cirúrgicas são indicados neste período do ano, por não permitirem a exposição solar,  motivo pelo qual não podem ser feitos no verão. Mesmo com o tratamento sendo realizado no inverno, especialistas advertem que o protetor solar não pode ser dispensado. 

A dermatologista Cássia Ramos Coelho Bolpato Loures, que também, é membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destacou os procedimentos que são mais procurados nesta estação. Entre eles, estão os peelings superficiais e profundos, laser CO2 e luz intensa pulsada. 

Sobre os ácidos mais conhecidos, ela explicou que são o glicólico e o retinóico. “Eles podem ser usados tanto em tratamentos domiciliares, quanto em consultórios. Os dois funcionam como coadjuvantes nos cuidados contra a acne e no combate ao fotoenvelhecimento. O ácido retinóico é o que deixa a pele mais sensível”, disse. 

Segundo Cássia, o peeling é o tratamento mais badalado e pode ser de ácido ou de cristal. A diferença entre um e outro, segundo a especialista é que o de cristal é realizado com um equipamento que faz a esfoliação física da pele com microcristais de óxido de alumínio, ajudando a remover as células mortas. “Eles são aplicados e aspirados pelo aparelho”, explicou.

Já o ácido, ela destacou que requer uma avaliação criteriosa, que podem ser superficiais, médios e profundos dependendo da substância utilizada. “O peeling ácido é um produto químico, que requer uma avaliação criteriosa. Também são indicados para combater a oleosidade, clarear manchas e suavizar  marcas de expressão”.

Porém, ela adverte que antes de optar por um dos tratamentos, o ideal é marcar uma consulta com um dermatologista. “O peeling é indicado para todos os tipos de pele, mas é importante que ele seja feito por um especialista que vai indicar o melhor tipo para cada pessoa e também vai verificar se a pele pode ser submetida ao procedimento, que pode envolver complicações, como hiperpigmentação (manchas escuras), vermelhidão, escamação e irritações ”, afirmou. 

A respeito das contraindicações, a dermatologista destacou que o ácido retinóico não deve ser usado em crianças, gestantes e mulheres que estejam amamentando. “Ele também deve ser evitado durante o verão pela sua fotossensibilidade”, comentou.

Cássia lembrou ainda que, no inverno, a pele tende a ressecar mais e que é importante estar atento com a hidratação. Já sobre a utilização de cremes diurnos e noturnos, ela afirmou que podem ser usados em qualquer idade, desde que seja com a indicação do especialista. 

 Fonte: Tribuna de Petrópolis