Quem dirige táxi à noite tem sempre um
receio maior na hora de pegar um passageiro. Não é incomum na cidade
casos de corridas que terminam em assaltos. Em 2012, uma série de
assaltos terminou com a prisão de um jovem no Samambaia, que foi detido
em casa com armas de fogo e pertences de um taxista, que havia acabado
de ser assaltado na Estrada Mineira. No ano passado, novamente uma série
de registros de taxistas que foram assaltos no Caxambú e no Floresta.
Dois homens e uma jovem foram detidos, sob a suspeita de ter atuado no
assalto no bairro Floresta. Mais tarde a jovem foi assassinada pelos
dois homens. Um deles foi preso e o outro seguiu foragido.
No mês passado e neste mês, uma série de
assaltos a taxistas teria voltado a ocorrer. Profissionais da categoria
relatam que um homem com uma cicatriz no rosto, seria responsável por
assaltos que começaram, alguns deles, em corridas na Rua Silva Jardim,
por exemplo. Para o presidente da Associação de Taxistas de Petrópolis,
Mário Ribeiro, o problema é que muitos desses casos nunca chega a ser
registrado. “Os assaltos acontecem, mas nem metade deles chega a ser
registrado. Na maioria dos casos, com raramente o carro é levado, o
taxista tem ou preguiça de ir à delegacia ou vai e não quer ter de
esperar muito tempo, para não perder o dia, e vai embora”, afirma.
Esse comportamento, explica Mário, tem
dificultado a atuação da polícia. “No fim do ano passado estive com o
comandante anterior do 26º Batalhão da Polícia Militar. Este na 105ª
Delegacia de Polícia. Relatei os casos e ambos me passaram que era
necessário que os casos fossem registrados para que a polícia pudesse
atuar. Quem sem registro seria difícil a polícia agir”, relata Mário,
que tenta mobilizar a categoria. “Já passei isso em algumas das
reuniões. É necessário registrar um assalto”.
Retorno das abordagens em táxis
Para o presidente da associação dos
taxistas, é importante que as abordagens à táxis, feitas pela PM, voltem
a acontecer. “Até há alguns anos atrás isso era feito. A polícia parava
o táxi e revistava os passageiros. Uma vez escapei de um assalto,
porque dois passageiros que peguei, em atitude suspeita, pedindo corrida
para Correas, foram detidos em uma dessas blitzes”, destaca.
No ano passado, um jovem, de 18 anos,
foi detido em um táxi com a arma utilizada em um assalto à uma lotérica
no bairro Mosela. Com ele havia ainda o dinheiro roubado do
estabelecimento. Uma equipe da Patamo da PM, desconfiou do jovem, que
estava no táxi, quando este passava pela Rua Teresa, próximo à entrada
da Rua 24 de Maio.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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