quinta-feira, maio 22, 2014

Assaltos assustam taxistas

Uma suposta nova onda de assaltos a taxistas vem preocupando os profissionais da categoria, que cobram medidas de segurança. No entanto, o número de registros de casos não corresponde à demanda. A ponto da própria associação, que representa a categoria, cobra que os “boatos” sejam convertidos em registros nas delegacias da cidade, para que os casos possam ser investigados.
Quem dirige táxi à noite tem sempre um receio maior na hora de pegar um passageiro. Não é incomum na cidade casos de corridas que terminam em assaltos. Em 2012, uma série de assaltos terminou com a prisão de um jovem no Samambaia, que foi detido em casa com armas de fogo e pertences de um taxista, que havia acabado de ser assaltado na Estrada Mineira. No ano passado, novamente uma série de registros de taxistas que foram assaltos no Caxambú e no Floresta. Dois homens e uma jovem foram detidos, sob a suspeita de ter atuado no assalto no bairro Floresta. Mais tarde a jovem foi assassinada pelos dois homens. Um deles foi preso e o outro seguiu foragido.
No mês passado e neste mês, uma série de assaltos a taxistas teria voltado a ocorrer. Profissionais da categoria relatam que um homem com uma cicatriz no rosto, seria responsável por assaltos que começaram, alguns deles, em corridas na Rua Silva Jardim, por exemplo. Para o presidente da Associação de Taxistas de Petrópolis, Mário Ribeiro, o problema é que muitos desses casos nunca chega a ser registrado. “Os assaltos acontecem, mas nem metade deles chega a ser registrado. Na maioria dos casos, com raramente o carro é levado, o taxista tem ou preguiça de ir à delegacia ou vai e não quer ter de esperar muito tempo, para não perder o dia, e vai embora”, afirma.

Esse comportamento, explica Mário, tem dificultado a atuação da polícia. “No fim do ano passado estive com o comandante anterior do 26º Batalhão da Polícia Militar. Este na 105ª Delegacia de Polícia. Relatei os casos e ambos me passaram que era necessário que os casos fossem registrados para que a polícia pudesse atuar. Quem sem registro seria difícil a polícia agir”, relata Mário, que tenta mobilizar a categoria. “Já passei isso em algumas das reuniões. É necessário registrar um assalto”.

Retorno das abordagens em táxis

Para o presidente da associação dos taxistas, é importante que as abordagens à táxis, feitas pela PM, voltem a acontecer. “Até há alguns anos atrás isso era feito. A polícia parava o táxi e revistava os passageiros. Uma vez escapei de um assalto, porque dois passageiros que peguei, em atitude suspeita, pedindo corrida para Correas, foram detidos em uma dessas blitzes”, destaca.
No ano passado, um jovem, de 18 anos, foi detido em um táxi com a arma utilizada em um assalto à uma lotérica no bairro Mosela. Com ele havia ainda o dinheiro roubado do estabelecimento. Uma equipe da Patamo da PM, desconfiou do jovem, que estava no táxi, quando este passava pela Rua Teresa, próximo à entrada da Rua 24 de Maio.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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