terça-feira, abril 22, 2014

Quase metade da frota de veículos que anda hoje pela cidade está irregular

Com a greve dos rodoviários na última semana, um problema que atinge Petrópolis durante muito tempo também ficou em evidência: o trânsito. No ano passado a Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans) estimou que sejam mais de 90 mil veículos circulando pelas ruas. Um dado preocupante, já que também em 2013, um pouco mais de 51 mil fizeram o licenciamento com o Detran. Ou seja, quase metade da frota que anda hoje pela cidade está irregular.
Quem precisou se deslocar para o trabalho nos dias de greve enfrentou um trânsito caótico, tanto pela manhã, mas também na parte da tarde em toda cidade. E não era difícil localizar um carro, que visivelmente, não teria condições de estar trafegando. Este provavelmente faz parte dos que andam em situação irregular. Mas não apenas carros estão nestes dados, há também motos.
Para conter este problema, desde o início do ano o Detran, junto com a Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans) realizam blitz pela cidade com o intuito de apreender estes veículos que circulam de forma irregular.
Em entrevista concedida em setembro do ano passado para a Tribuna, o presidente da CPTrans, Gilmar Oliveira, informou que, em 10 anos, a frota do município cresceu em 80%. “(A frota) é majoritariamente de carros, mais de 90 mil, e motos, cerca de 25 mil. O restante, cerca de 27 mil veículos, é composto por ônibus e caminhões. Grande parte desse fluxo se direciona para o Centro Histórico todos os dias”, afirmou na época.
No mesmo ano, em 2013, o Detran realizou 51.754 licenciamentos em veículos na cidade. Ou seja, mais de 40 mil veículos não legalizaram sua situação no ano passado e provavelmente continuam irregulares neste ano.
Ainda de acordo com o órgão, neste ano até ontem, foram licenciados são 21.593 veículos.
O número alto de automóveis circulando pela cidade pode ser justificado por fatores como os incentivos do governo federal para conter a crise econômica, como a redução do IPI sobre os automóveis, e ao crescimento do poder de compra da classe média (os trabalhadores com renda de até dois salários mínimos) em Petrópolis – classe essa que, segundo dados da pesquisa encomendada pelo Sebrae-RJ, em 2011, ao IPC Target, representa cerca de 28% da população do município.
O problema, no entanto, é depois de adquirir o veículo e os custos com a manutenção do mesmo. Além de combustível e outros, ainda há o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Que deve ser pago todos os anos. 
As apreensões realizadas pelas blitz da CPTrans e Detran em Petrópolis retiram das ruas um número alto de veículos com documentação atrasada. Segundo o órgão, este é um dos principais motivos das apreensões seguido por falta de habilitação. Em alguns casos, desde a compra do automóvel não há regularização com o órgão.

Média de carros por habitantes é maior que na capital
A Tribuna publicou no último mês que a relação de veículos por habitantes em Petrópolis é maior que na capital Rio de Janeiro. Com uma frota superior 140 mil veículos, somados carros, de 92 mil e 20 mil motocicletas, a cidade tem uma média de carros por habitantes de 3,08 automóveis para cada 100 pessoas. No Rio, a relação é de 2,84 para o mesmo número de habitantes.
Apesar de corresponder à 5,36% da frota da capital do estado (mais de 1,714 milhões) a frota da cidade é maior na relação por habitante.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

Nenhum comentário: