terça-feira, março 04, 2014

Falta de insulina na rede pública coloca pacientes em risco

Foto: Reprodução
Há pelo menos três meses a Insulina Lantus, um remédio para diabetes injetável, que contém insulina glargina, não está sendo disponibilizada na farmácia do Hospital Alcides Carneiro. O medicamento é um dos mais caros entre os que são comercializados, e tem um custo mensal de cerca de R$ 400. De acordo com funcionários do HAC, o pedido para a entrega do material já foi feito, mas eles estariam aguardando um posicionamento da empresa responsável pelo fornecimento. Enquanto isso os petropolitanos diabéticos continuarão desfalcando o orçamento familiar para poderem ser medicados adequadamente. 

Luciana Santana tem diabetes tipo 1 e usa dois tipos de insulina, um deles é a Lantus. A doença surgiu quando a dona de casa tinha apenas três anos de idade. “Eu já tenho problema de tireoide, epilepsia e até convulsão por causa disso, então não posso correr mais riscos, sou obrigada a comprar o remédio. O que me deixa mais triste é que isso é um direito garantido por lei e mesmo assim ninguém toma nenhuma providência”, reclamou.
A situação se agrava ainda mais pelo fato da dona de casa ter dois filhos, um de onze e outra de 1 ano. “Fico preocupada com as crianças e com os gastos que eu tenho tido, afinal, às vezes, são mais de R$ 400 por mês, um valor que faz muita falta no fim das contas. Por este motivo, em dezembro do ano passado entrei na justiça para cobrar o meu direito, a decisão saiu agora em janeiro e foi favorável, eles vão ter que disponibilizar o medicamento gratuitamente para mim. A única coisa que falta é o oficial de justiça vir aqui em casa para me acompanhar até o HAC”, afirmou Luciana.
A petropolitana conta ainda que a situação afeta várias pessoas da cidade. “Eu vi em um blog daqui, uma mãe reclamando que a filha é diabética e precisa do medicamento, mas que ela não tem dinheiro para comprar, e antes pegava de graça no hospital. Agora você imagina a agonia dessa mãe, tendo que se virar de qualquer jeito para arrumar o remédio para a menina, afinal, essa é uma doença séria que não pode ficar sem tratamento, caso contrário gera ainda mais problemas. A única alternativa é mesmo a justiça, pois entrei em contato com o HAC várias vezes e ninguém nunca dá nenhum tipo de satisfação ou prazo para a volta do produto”, contou.
Fonte:Tribuna de Petrópolis 

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