O atropelamento de um idoso nesta semana, fez com que muitas pessoas
parassem para analisar o andamento do trânsito aqui na cidade. De um
lado estão os pedestres, insatisfeitos com a falta de respeito dos
motoristas, de outro estão os condutores, indignados com a imprudência
de alguns, em atravessar as ruas. Apesar do impasse, em um ponto ambos
os lados concordam, falta fiscalização das autoridades responsáveis e
por isso o sentimento de impunidade acaba prevalecendo.
Em pouco tempo foi possível flagrar diversas irregularidades nas ruas
de Petrópolis. Pessoas atravessando em locais proibidos, ou em momentos
em que a passagem não era permitida, é um fato comum, e muitas vezes os
adultos estão junto com crianças. Carros que param em cima da faixa, ou
simplesmente não reduzem a velocidade quando outro condutor dá a vez, é
outra situação constante. O mesmo ocorre com os pilotos das motos, que
andam costurando o trânsito e em alguns momentos quase causam
acidentes.
Quem está acostumado a andar a pé, diz que presta atenção antes de
cruzar as vias e respeita as faixas que indicam o local correto em que
os cruzamentos podem ser feitos. “Não sei dirigir, então não faço ideia
de como é estar do outro lado. Mas respeito todas as sinalizações e os
semáforos, mesmo assim uma vez quase fui atropelada. Estava correta, mas
o motorista passou direto e quase bateu em mim. A sorte é que eu estava
atenta e consegui desviar. Acredito que é preciso um número maior de
guardas de trânsito espalhados pela cidade, para inibir ações como
essa”, contou a diarista Sara Nazaré Viana.
Já os motoristas dizem que são os pedestres que não respeitam o sinal
e quase nunca atravessam na faixa. “Olha dirijo à anos, claro que toda
regra tem sua exceção, mas é comum estarmos tranquilos no trânsito e de
repente aparace uma pessoa e passa correndo na frente do carro, sem se
importar se aquele local é indicado ou não. O resultado é o alto número
de acidentes e quase sempre nós é que levamos a culpa, mas o que tem de
gente sem juízo e educação, não é brincadeira. Mesmo assim concordo que
talvez com mais guardas nas ruas, a situação ficasse um pouco melhor”,
afirmou o motorista de caminhão, Alessandro de Souza.
Os motociclistas que normalmente são mal vistos por pedestres e
motoristas, também se defendem. “Para mim no geral as pessoas não
respeitam nada, principalmente quem está a pé, mas também existem
aqueles condutores que literalmente nos espremem na rua para que não
consigamos ultrapassar, ou pior fecham a gente de propósito. As leis tem
que ser mais rigorosas, assim ninguém cometeria tantas irregularidades
no trânsito, ocasião onde podem ocorrer diversas tragédias por causa da
imprudência”, reclamou o autônimo, Alessandro de Souza.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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