sexta-feira, janeiro 24, 2014

Sensação de impunidade pode ser a principal causa da imprudência no trânsito

O atropelamento de um idoso nesta semana, fez com que muitas pessoas parassem para analisar o andamento do trânsito aqui na cidade. De um lado estão os pedestres, insatisfeitos com a falta de respeito dos motoristas, de outro estão os condutores, indignados com a imprudência de alguns, em atravessar as ruas. Apesar do impasse, em um ponto ambos os lados concordam, falta fiscalização das autoridades responsáveis e por isso o sentimento de impunidade acaba prevalecendo. 
Em pouco tempo foi possível flagrar diversas irregularidades nas ruas de Petrópolis. Pessoas atravessando em locais proibidos, ou em momentos em que a passagem não era permitida, é um fato comum, e muitas vezes os adultos estão junto com crianças. Carros que param em cima da faixa, ou simplesmente não reduzem a velocidade quando outro condutor dá a vez, é outra situação constante. O mesmo ocorre com os pilotos das motos, que andam costurando o trânsito e em alguns momentos quase causam acidentes.
Quem está acostumado a andar a pé, diz que presta atenção antes de cruzar as vias e respeita as faixas que indicam o local correto em que os cruzamentos podem ser feitos. “Não sei dirigir, então não faço ideia de como é estar do outro lado. Mas respeito todas as sinalizações e os semáforos, mesmo assim uma vez quase fui atropelada. Estava correta, mas o motorista passou direto e quase bateu em mim. A sorte é que eu estava atenta e consegui desviar. Acredito que é preciso um número maior de guardas de trânsito espalhados pela cidade, para inibir ações como essa”, contou a diarista Sara Nazaré Viana.
Já os motoristas dizem que são os pedestres que não respeitam o sinal e quase nunca atravessam na faixa. “Olha dirijo à anos, claro que toda regra tem sua exceção, mas é comum estarmos tranquilos no trânsito e de repente aparace uma pessoa e passa correndo na frente do carro, sem se importar se aquele local é indicado ou não. O resultado é o alto número de acidentes e quase sempre nós é que levamos a culpa, mas o que tem de gente sem juízo e educação, não é brincadeira. Mesmo assim concordo que talvez com mais guardas nas ruas, a situação ficasse um pouco melhor”, afirmou o motorista de caminhão, Alessandro de Souza.
Os motociclistas que normalmente são mal vistos por pedestres e motoristas, também se defendem. “Para mim no geral as pessoas não respeitam nada, principalmente quem está a pé, mas também existem aqueles condutores que literalmente nos espremem na rua para que não consigamos ultrapassar, ou pior fecham a gente de propósito. As leis tem que ser mais rigorosas, assim ninguém cometeria tantas irregularidades no trânsito, ocasião onde podem ocorrer diversas tragédias por causa da imprudência”, reclamou o autônimo, Alessandro de Souza.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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