terça-feira, janeiro 21, 2014

Radares são retirados ou continuam embrulhados em plástico na BR-040

elo menos 12 equipamentos de controle de velocidade que foram instalados em janeiro de 2013 nas pistas de subida e descida da serra ainda não foram colocados em funcionamento um ano depois. Com o registro de três mortes em apenas 20 dias em 40 quilômetros de serra, mais um atropelamento esta semana em Itaipava, também com vítima fatal, o deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB) está, novamente,  arguindo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a quem cabe a fiscalização da concessão, a cargo da Concer, sobre o funcionamento efetivo dos equipamentos e quais as punições para a empresa que vem adiando a operação de controle de velocidade na rodovia. 
"Os equipamentos continuam embrulhados por lonas pretas enquanto acidentes acontecem. É consenso mundial que o controle de velocidade reduz os acidentes e nossa estrada, depois de 17 anos de concessão, nunca pode contar com os equipamentos", afirma Bernardo Rossi.
A Polícia Rodoviária Federal aponta que o excesso de velocidade é responsável por boa parte dos acidentes nas estradas. Ano passado, 8.375 pessoas morreram, e 103.075 ficaram feridas em 185.877 acidentes registrados nas estradas federais. A média, por semestre, em 40 quilômetros de subida e descida da serra é de 500 acidentes somente com veículos de cargas.
Entre 2010 e 2012, 58 das 164 mortes registradas nos 180 quilômetros da Rio-Petrópolis-Juiz de Fora ocorreram na serra da Cidade Imperial. A projeção, se nenhuma melhoria for implementada, é de 96% no aumento de mortes até 2020. Ano passado, foram registradas 29 mortes e 337 feridos em 1.165 acidentes apenas em três trechos de 10 quilômetros cada da Rio- Petrópolis-Juiz de Fora.  Esses trechos da rodovia administrada pela Concer figuram entre os 100 mais perigosos listados em um trabalho conjunto dos ministérios da Justiça, Saúde, Transportes e Cidades.
"Na ocasião da instalação, a Concer alegou que aguardava aferição dos equipamentos para colocá-los em funcionamento. Em junho, eles foram retirados e só sobraram as hastes. "Agora, voltaram a ser colocados, mas cobertos por plásticos e sem qualquer explicação da empresa. É uma afronta descer e subir a serra assistindo a desastres todos os dias enquanto ao lado, na margem da estrada, existe um equipamento que, se estivesse funcionando poderia evitar boa parte deles", afirma o deputado petropolitano.
Presidente da Comissão Especial instalada pela Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) para fiscalizar as obras da nova pista de subida da serra e que também cobra melhorias na atual, Bernardo Rossi está incluindo no levantamento feito pelo parlamento estadual, o descaso com os equipamentos que poderia estar salvando vidas. ""Faltam, além dos radares, sinalização, pistas adequadas e iluminação. É o mínimo para quem paga R$ 8 de pedágio", completa.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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