Na página, criada pelos moradores no
Facebook, Salvem o Poço da Rocinha, eles manifestam a indignação diante a
um e-mail enviado pelo secretário de meio ambiente, Almir Schmidt, para
uma moradora. No texto, ele afirma que são esclarecimentos sobre a
situação que está ocorrendo no local. Primeiramente, explica que o
acesso a estrada é de responsabilidade da Companhia Petropolitana de
Trânsito e Transportes (CPTrans). Depois diz que, com relação à
segurança, e ao uso abusivo de bebidas alcoólicas, que provocam
exaltação dos ânimos e até mesmo brigas, é de competência da Polícia
Militar e, em alguns casos, da secretaria de segurança pública. Sobre o
descarte inadequado de lixo, ele afirma que se enquadra no código de
posturas do município e, portanto, cabe a secretaria de fazenda realizar
a fiscalização. No que diz respeito a coleta dos resíduos gerados no
local, ele declara que deve ser feita em comum acordo com a Comdep. Por
fim, ele destaca que o grande fluxo de pessoas não gerou na vegetação
circundante nenhum dano. “Segundo dados colhidos no local, o que se tem é
a necessidade, como citado anteriormente, do cuidado no descarte dos
resíduos gerados. Quanto ao uso do poço, ele já vem a décadas sendo
utilizado como área de lazer, não havendo nenhum impecilho legal para o
seu uso. Porém, com o aumento populacional e devido ao forte calor neste
verão, a demanda no local aumentou consideravelmente, o que a princípio
pode gerar alguns problemas”, disse no e-mail.
Além disso, o secretário comentou que a
secretaria de meio ambiente, não tem por atribuição cuidar de atividades
de lazer, sendo, portanto, impossível implantar nessas áreas banheiros
químicos. Ele frisa que a secretaria trabalha em conjunto com o
Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para a preservação de mananciais,
nascentes e etc, sendo porém a fiscalização uma prerrogativa do órgão
estadual (Inea).
A moradora Tereza Braz, considerou que o
secretário não está sabendo corretamente as suas funções. “No e-mail,
ele está se restringindo a vegetação e o meio ambiente é muito mais que
isso. Pela carta dele só a vegetação lhe diz respeito. Mesmo assim, como
ele sabe que ela não foi danificada?”, questionou. Outra preocupação da
moradora é com relação a ponte de madeira que dá acesso ao Poço.
“Mandei um e-mail para a CPTrans para ver se ela impede a travessia pela
ponte, que não vai aguentar todo esse movimento”, destacou.
Dono de um restaurante próximo ao Poço,
Paulo Felipe, mais conhecido como Bebeto, considerou uma falta de
respeito o posicionamento do secretário. “Ele responsabilizou todos os
órgãos menos o dele. Para que serve a secretaria de Meio Ambiente?”,
indagou.
Maria Carmem Barbosa também se
pronunciou na página da rede social. Ela contou que ficou duas horas
presa no trânsito da Estrada da Rocinha. “Não conseguia chegar na minha
casa que fica a 2Km daquele trecho. Havia uma patrulhinha da Polícia
Militar de Pedro do Rio no local e dois policiais atônitos sem saber
como resolver o imbróglio diante da multidão. Inacreditável que a
Prefeitura de Petrópolis ainda não tenha tomado uma providência quanto a
essa baderna instalada”, lamentou.
O zelador de um condomínio próximo ao
poço, José Cláudio Telles, de 42 anos, contou que os moradores estão
reclamando da superlotação de banhistas nos fins de semana. “Os
frequentadores não tem respeito. Param carros e motos no meio da rua,
impedindo a passagem de quem mora aqui”, relatou.
A assessoria de comunicação da
prefeitura esclareceu que o espaço é público e, por meio da Fundação de
Cultura e Turismo, informou que está elaborando junto com o Conselho
Municipal de Turismo (Comtur), um projeto que prevê a sensibilização da
população para o desenvolvimento de ações para preservar locais
públicos, que são estratégicos para o turismo, incluindo as cachoeiras.
Além disso, afirmou que a prefeitura está instalando sinalização nos
arredores das cachoeiras da cidade para organizar o trânsito nessas
regiões. Quanto ao lixo a Comdep destacou que está avaliando a
necessidade e possibilidade de instalação de novas coletoras. Mas,
ressaltou a importância dos usuários se responsabilizarem pelo lixo
produzido e manterem limpas as cachoeiras da cidade. Já para garantir a
segurança da população, a prefeitura afirmou que a Guarda Civil fará
rondas periódicas, que contarão com a ajuda da Polícia Militar.
Já a assessoria de imprensa do Inea
afirmou que o órgão fiscaliza a frequência de cachoeiras situadas em
unidades de conservação estaduais que permitem visitação, como os
parques estaduais; e a Faixa Marginal de Proteção, que é considerada
Área de Preservação Permanente, e por isso não pode ser ocupada por
construções.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
5 comentários:
Espero que a população local tambem contribua para a ordem e preservação das placas que foram colocadas em todos os postes,a partir da escola municipal{depois da praça].
Espero que a população local tambem contribua para a ordem e preservação das placas que foram colocadas em todos os postes,a partir da escola municipal{depois da praça].
Espero que a população local tambem contribua para a ordem e preservação das placas que foram colocadas em todos os postes,a partir da escola municipal{depois da praça].
Espero que a população local tambem contribua para a ordem e preservação das placas que foram colocadas em todos os postes,a partir da escola municipal{depois da praça].
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