domingo, outubro 20, 2013

Passageiros enfrentam problemas com bilhete eletrônico em Petrópolis

Tem se tornado cada vez mais frequente as queixas de petropolitanos por conta de problemas com cartões de transporte. Jeane Lopes, de 50 anos, é mãe da aluna Pamela Lopes de Almeida, que estuda na escola da rede municipal Santa Maria Goretti, no Bingen. Ele conta que há meses vem enfrentando problemas com o cartão escolar. “Minha filha tinha um cartão Setranscard, que usou por pelo menos dois anos e pifou. Fui lá na Setranspetro e eles alegaram que o cartão estava velho. Tive que pagar R$ 21,50 por uma 2ª via, que funcionou por uns 10 dias e depois parou, também. Voltei a reclamar e o funcionário, com muito descaso, disse que o cartão está danificado, mas não está. Está perfeito. Minha filha já sofreu constragimento no ônibus, e teve que descer por que não tinha dinheiro para a passagem. E se ela ficar na rua e acontecer algo, quem vai se responabilizar?“
A mãe disse ainda que, na última semana, foi mais uma vez à Setranspetro, junto com o marido, Evaldo de Almeida de 50 anos, fazer uma nova reclamação, uma vez que a filha está em época de provas e não pode faltar aulas. Segundo ela, o funcionário disse, de forma grosseira, que o cartão de Pamela  teria que ser enviado ao Rio, para passar por uma análise, e que isso poderia demorar uma semana ou dez meses e, que enquanto isso, ela e o marido que arcassem com as passagens da filha. “Ele ainda virou pra gente e disse que era mais vantagem pagar por uma 3ª via do que uma semana de passagem. Eles colocam a situação de um jeito que a gente fica sem saída. Se minha filha não vai à escola, daqui a pouco o Conselho Tutelar está na minha casa, me questionando. Já pedi à escola que fizesse uma declaração, alegando que minha filha está matriculada, mas o motorista e o cobrador não aceitaram. A gente faz o que pode, mas não dá pra pagar passagem todo dia. Só estou buscando o direito dela. Criança tem que estudar.”
As dificuldades para adquirir o cartão RioCard vêm causando insatisfação em muitos passageiros. Seja para alunos da rede particular ou para quem precisa do cartão gratuidade, os transtornos enfrentados são os mesmos. Além disso, o desencontro de informações faz com que passageiros tenham que dar mais de uma viagem para conseguir pegar o cartão. 
Ana Gomes, tem um filho autista. Ela mora em Nogueira e trabalha em Itaipava.  Nas últimas semanas, ela conta que foi pegar a segunda via da carteira especial do filho, que tem 13 anos, para que ele continue tendo acesso a gratuidade nos coletivos. Para não perder a viagem, Ana ligou antes para se informar se precisava levar o filho e a atendente disse que não. Quando chegou ao local, depois de ter percorrido 23 Km, uma recepcionista afirmou que era impossível entregar a segunda via do cartão gratuidade sem a presença do menor.  “Fiz a solicitação  do cartão, no dia 2, recebi um papel com os dados da conta corrente para depósito, que foi feito no dia 3. Quando liguei para agendar para retirar no dia 9, me disseram que não precisava levar o meu filho, apenas todos os documentos originais dele. Como ele é menor achei que realmente não precisava ir junto. Quando cheguei me disseram que ele tinha que estar presente para tirar a foto, que já havia sido tirada no dia 2. Perdi metade do dia de trabalho e ainda vou ter que voltar depois”, desabafou. 
Diferente do caso da Ana, Cristiane Stadler, de 37 anos, está se mudando para o Quitandinha e tentou há 3 semanas fazer o cartão RioCard para a filha, de sete anos, que estuda em um colégio particular, na Montecaseros. “Quis adiantar o processo e já fazer o cartão que reduz a passagem pela metade. Fui na RioCard, fiz o cadastro e me pediram para pegar a carteirinha no primeiro andar. Fui informada de que não tinha cartão e que não havia previsão para chegar. Tenho ligado constantemente e até agora não consegui”, lamentou. 
Em resposta, o Setranspetro - Sindicato da Empresas de Transporte de Petrópolis, disse à Tribuna que, ainda que os problemas pareçam atingir um grande números de pessoas, o atendimento para a maioria funciona bem. Concluiu dizendo que se houvesse um problema generalizado, a cidade já teria parado, uma vez que o cartão eletrônico já é utilizado em  mais de 50% dos pagamentos de passagem na cidade.
Fonte:Tribuna de Petrópolis

Nenhum comentário: