segunda-feira, setembro 09, 2013

Número de homicídios no trânsito supera o de homicídios dolosos em Petrópolis

Indicadores como homicídios dolosos (aqueles com intenção de matar) e roubos são utilizados como parâmetros para medir o nível de violência das cidades. Em Petrópolis, onde os índices de violência são considerados baixos, se comparados com a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e à Baixada Fluminense, é o trânsito o principal causador de mortes. Segundo o balanço feito pelo Instituto de Segurança Pública – ISP, da Secretaria Estadual de Segurança Pública –Seseg, apenas nos seis primeiros meses do ano, a chance de morrer em um acidente ou atropelamento foi, em média, quatro vezes maior do que a de morrer baleado ou esfaqueado em uma tentativa de assalto, contra apenas cinco homicídios nos seis primeiros meses do ano, foram registrados 19 mortes no trânsito. Os dados da Secretaria de Segurança do Estado indicam que fevereiro foi o mês mais violento no município, ocasião em que duas pessoas foram vítimas de homicídio. Coincidentemente, foi o único mês em que os números de mortes no trânsito se equipararam ao de assassinatos. Ao longo do primeiro semestre a diferença chegou a 600% em junho, mês em que foram registradas seis mortes nas ruas e nas principais rodovias que cortam a cidade, contra apenas um homicídio. Em dois meses, janeiro e abril, nenhum assassinato foi registrado, enquanto nos demais meses (março,abril, maio e junho) foram apenas um por um. No acumulado do semestre, o número de mortes no trânsito chega a ser 73,7% maior do que a de homicídios dolosos registrados na cidade. Isso significa que, para cada morte registrada por homicídio, outras quatro aconteceram em colisões de veículos e atropelamentos. No comparativo com o mesmo período em 2012, a disparidade ficou ainda maior. Entre janeiro e junho do ano passado o número de homicídios dolosos correspondiam a metade do registro de homicídios culposos no trânsito. Foram registrados oito homicídios contra 16 mortes no trânsito. Enquanto em 2013 os homicídios não chegam a 25% do número de mortes no trânsito. Ainda comparando os períodos. Se por um lado houve redução das mortes por assassinato, oito contra cinco (queda de 37,5%). No trânsito, as mortes cresceram de um ano para o outro. Foram registradas três mortes a mais em 2013, um aumento de 18,7%. Violência aumenta nos municípios vizinhos Se compararmos os números de homicídios entre as áreas do 26º Batalhão da Polícia Militar (Petrópolis) e do 15ºBPM (Duque de Caxias), a diferença de registros chega a ser 47 vezes maior no município da Baixada Fluminense. Contra os cinco homicídios em Petrópolis, Duque da Caxias teve 236. Isso significa que as mortes na cidade representam apenas 2,1% dos registros do município vizinho, que no comparativo com o ano passado ainda contou com aumento de 31,8% no número de assassinatos (em 2012, foram registrados 179 casos). Não é apenas Duque de Caxias que apresenta aumento no número de homicídios no primeiro semestre. Apesar da área do 15º BPM ter o maior número de registros (236), a média de crescimento percentual é maior em Belford Roxo (71,2% - 161 casos em 2013, contra 94 em 2012). Nova Iguaçu, área do 20ºBPM, vem em segundo lugar no ranking, com 73 mortes a mais em relação ao primeiro semestre de 2012 (aumento de 36,3%). Fonte: Tribuna de Petrópolis

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