sexta-feira, setembro 13, 2013

Dia Nacional da Cachaça

Aprovado em outubro do ano passado, oficialmente, é hoje a primeira comemoração do um projeto de lei do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). A escolha da data não foi por acaso e tem explicação na história. Em 13 de setembro de 1661, uma revolta popular contra a colônia portuguesa levou à legalização da cachaça, que era proibida até então. Tal episódio ficou conhecido como “Revolta da Cachaça”. Entre os argumentos do autor do projeto, está a luta pelo reconhecimento da cachaça no mercado internacional como bebida exclusiva e genuinamente brasileira. Hoje, até um órgão dedicado a ela existe: trata-se do Instituto Brasileiro da Cachaça- IBRAC, fundado em 2006 e situado em Brasília, DF. Bebida gourmet Água que passarinho não bebe, birita, “marvada pinga” são só alguns dos nomes que ela coleciona no vocabulário. Nos últimos, a cachaça tem deixado essa imagem popular de lado e vem conquistando o reino da gastronomia. Ganhou o status de gourmet e é cada vez maior o número de marcas que investem em qualidade sem deixar de lado os moldes artesanais de fabricação. O que aumenta também é a oferta da bebida nas prateleiras e nos cardápios de bares e restaurantes. Consequentemente, barmen criativos colocam à prova a versatilidade da bebida. Um deles é Kascão, que hoje comanda os bares em Anexo SB e Boteco São Bento, em São Paulo. Com autoridade de quem já levou um campeonato mundial de coquetelaria, 2008, em Paris, ele se diz um entusiasta da cachaça e acredita que ela pode sim ir além da tradicional caipirinha. “Vamos deixar a vodca um pouco de lado e explorar o potencial de uma coisa tão nossa”, prega. Para quem quer se aventurar nesse mundo, Kascão sugere três receitas bem fáceis de fazer e de impressionar. E aos interessados em conhecer mais sobre a bebida, o barman ministra no dia 3 de outubro, ao lado do mestre-cachaceiro Vicente Bastos, produtor da Cachaça Nega Fulô, de Nova Friburgo, RJ, que é representada pela gigante de bebidas Diageo. Na programação, história, tipos de cachaça e até harmonização com petiscos. Acontece no boteco Anexo SB, no Itaim Bibi, às 20 horas, custa R$ 100 reais e é limitado a 30 participantes. Beabá Só pode ser considerada cachaça a bebida produzida no Brasil e a partir de cana-de-açúcar. Feito isso, precisa ter graduação alcoólica 38º a 48º e pode ser dividida em dois tipos. A “branca”, é embalada logo após a produção e é mais rústica. Já a envelhecida passa, por determinações da legislação brasileira, no mínimo um ano em barris de madeira como cedro e jequitibá. Nesse processo, a bebida perde um pouco de álcool e assimila aromas, uma cor mais dourada e o sabor, suaviza. Há uma regra comum de associar a cachaça branca para coquetéis e a envelhecida, para degustar pura. Segundo o mestre-cachaceiro Vicente Barros, essa experiência pode ir além do básico. “Para caipirinhas feitas com frutas cítricas como abacaxi e a tradicional de limão, sugiro a cachaça branca”, explica. “Já a envelhecida e suas notas de madeira vão bem com lima-da-pérsia, pitanga, caju”, dá a dica o especialista. E quanto o assunto é a cachaça na panela, o mestre cachaceiro é só elogios. Para ele, é fato que a primeira associação com ela na cozinha são os flambados. Para isso, a bebida é realmente uma carta na manga: pode fazer as vezes do conhaque na hora de preparar o estrogonofe ou para dar um sabor especial à banana flambada, aquela que faz companhia perfeita com o sorvete de creme. Mas a cachaça pode ir além: a dica para quem quer fazer experimentações é começar com pratos da culinária brasileira. Carne suína e seus produtos, como linguiça e costelinha, são um bom caminho. O mesmo vale para curados como as carnes seca, de sol e a de charque. Aos mais criativos, a cachaça pode ‘roubar’ a cena e entrar no preparo de um risoto, no lugar do tradicional vinho branco. No mundo do açúcar, até sorvete com ela dá para fazer. É só soltar a imaginação. Fonte:UOL

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