quarta-feira, agosto 14, 2013

Setenta e cinco pessoas esperam por socorro

A fila de espera por procedimentos na rede pública de saúde é extensa: até ontem, 75 pessoas aguardavam por cirurgias, internações, leitos de UTI e transferências. Dentre os casos mais graves está o de um paciente de 58 anos que sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico e espera há 11 dias por uma vaga de UTI. A deficiência do sistema leva ao colapso, já que enquanto aguardam por um leito de UTI ou uma cirurgia os pacientes permanecem internados, ocupando leitos comuns. Estes poderiam atender os pacientes vindos das urgências, o que evitaria situações como a de sábado, quando a emergência do Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE), superlotada, precisou selecionar os atendimentos. A Central de Regulação de Internações Hospitalares – que deve ser implantada pela Prefeitura Municipal por determinação dos Ministérios Públicos Federal e do Estado do Rio de Janeiro – é apontada como fundamental. A regulação significa a organização, o controle, o gerenciamento e a priorização do acesso e dos fluxos assistenciais do SUS. A última reunião entre os representantes da prefeitura e os MPs aconteceu no dia 5 deste mês. A procuradora da República Vanessa Seguezzi determinou prazo, que vence no próximo dia 22, para que sejam firmados os termos aditivos do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a implantação da Central de Regulação de Internações Hospitalares. Ela e a promotora de Justiça Vanessa Katz acompanham de perto a situação da saúde pública do município. Para a defensora pública Andrea Carius, o número de pessoas que esperam pela realização de procedimentos nesta semana é alarmante. “A folha na segunda-feira (que tinha 74 nomes) costuma ser maior, por conta do fim de semana. De qualquer forma, chegamos a uma quantidade muito grande de pessoas na fila – são 7 aguardando UTI, 31 para procedimentos ortopédicos de urgência, 34 de urgência geral e 2 para transferência. Mesmo com a liminar, o paciente pode ter que esperar até dois dias”, lamentou Andrea Carius, acrescentando que “na semana passada senti uma sensibilidade maior por parte do poder público, e é isso que queremos”. Ao receber a denúncia da família do paciente que procura a defensoria, ela encaminha o pedido de liminar para o juiz e este determina um prazo para que o município disponibilize o tratamento adequado. Fonte:Tribuna de Petrópolis

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