Protesto de caminhoneiros provoca reajuste de preços

Desde segunda-feira, caminhoneiros realizam protestos em diversas rodovias do país, paralisando a circulação de mercadorias. Apesar do bloqueio, o setor de alimentos ainda não sofreu impacto no estado. É o que garante a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, que administra as Centrais de Abastecimento do Estado – Ceasa. Ainda de acordo com a secretaria, houve “aumentos pontuais em produtos como a batata e a cenoura”. Ela afirma ainda que é cedo para atribuir esse aumento à paralisação. Na última sexta-feira, dia 28, a caixa com 18Kg de batata baroa era vendida à R$ 50 nas centrais de abastecimento. Ontem, o preço da caixa era R$ 60. Uma elevação de 20%. Já a caixa com 50Kg de batata inglesa comum, de primeira, era vendida na última semana a R$ 90. Ontem, estava R$ 10 mais barata (R$ 80), uma variação de 7,7%. A cenoura tipo “extra a”, vendida a R$ 28 na última sexta-feira, ontem estava custando R$ 35, ou 25% mais cara. De acordo com o governo estadual, fatores como as chuvas que atingiram o estado e a própria inflação podem ser atribuídos ao aumento. “É cedo para atribuir à paralisação a responsabilidade pela variação de preço, que foi pontual. O abastecimento da Ceasa segue normal”, informou o governo do estado por meio da assessoria da Secretaria de Desenvolvimento. O reflexo dos preços também não foi sentido pelos donos de mercados em Petrópolis. Gerente de compras da rede Armazém do Grão, Celso Freitas afirma não ter percebido variação de preço ou mesmo escassez de produtos na compra realizada ontem. “Fazemos compras todas as segundas, quartas e sextas-feiras. Ontem, não percebemos nenhuma falta de produto ou variação de preço fora do normal”. Já o proprietário da Rede Celma, Gustavo Guimarães, informou que apenas o franco estaria mais caro do que na última semana. “Em relação ao Ceasa, nada fora do normal. O frango é que estava mais caro. O que ouvi de fornecedores é que seria por causa da paralisação, que teria deixado os pontos de distribuição com escassez do produto e feito com que o preço dele se elevasse. Como tenho estoque até o dia 15, não acredito que haverá variação de preço tão cedo”, revelou. Fonte:Tribuna de Petrópolis