quarta-feira, junho 26, 2013

Obra na Serra pode elevar tarifa de pedágio para R$ 12

A repetição do elevado reajuste pode ocorrer./Foto: Roque Navarro. Os 37 quilômetros da BR-040 entre Matias Barbosa e Juiz de Fora levaram sete anos para serem executados, consumiram R$ 162 milhões, dos quais R$ 42 milhões foram financiados pelo BNDES e ainda ocasionaram, entre 2001 e 2003, três aumentos de pedágio perfazendo mais de 15%. A duplicação da pista no trecho mineiro foi “trocada” pela Concer, concessionária que administra os 180 quilômetros entre Rio e Juiz de Fora, em detrimento da nova estrada de subida da Serra. A repetição do elevado reajuste pode ocorrer. “O aumento de pedágio, que pode chegar a R$ 12, e a prorrogação do prazo de contrato da concessionária em troca dos R$ 917 milhões que serão gastos com a nova pista da Serra ainda não estão descartados”, denuncia o líder do PMDB na Alerj, Bernardo Rossi, que pediu a abertura de uma Comissão Especial para acompanhar as obras e os gastos. Rossi diz que o principal, além de cobrar a plena execução da pista e do contrato, é evitar que o usuário pague por uma obra prevista há 17 anos. “É o que aconteceu em Mathias Barbosa. Todos nós pagamos a mais durante três anos. Foram reajustes de 5,20% em 2001, 2002 e 2003. Em 2001, o valor era de R$ 4,10; passou para R$ 4,70 em 2002 e, no ano seguinte, novamente majorado, alcançou R$ 5,50. E ainda assim a Concer, sem dinheiro em caixa, teve parte da obra financiada”, aponta Bernardo Rossi. “Queremos evitar descumprimento de prazos, majoração do pedágio e uma conta astronômica hoje já em R$ 917 milhões”, argumenta. Como a Concer exigiu, para custear a construção da pista o uso de recursos federais, dilatação do prazo de concessão e aumento do pedágio, o usuário precisa ficar atento. “Não descarto essa combinação de fatores que vai doer no bolso do usuário, do comércio e da indústria”, afirma, acrescentando ainda a preocupação com atraso na execução da nova pista - estimada em três anos - e a continuidade dos maus serviços na atual que seguiria sem cuidados mínimos. Os 37 quilômetros entre Mathias Barbosa e Juiz de Fora consumiram R$ 162 milhões, o que representa R$ 4,3 milhões por quilômetro. Já a nova pista da Serra vai consumir R$ 45 milhões por quilômetro. “Isso representa R$ 45 mil por metro, um custo elevado, ainda que seja em um plano íngreme. Esse custo pode ainda subir e significar uma tarifa de pedágio maior. O presidente da empresa disse que ‘as opções para tirar o projeto do papel são aumentar a tarifa, receber dinheiro federal ou aumentar o prazo de concessão. “Diante de um projeto que beira R$ 1 bilhão o que tememos é que a Concer eANTT usem os três recursos simultaneamente”, diz Rossi. Fonte:Tribuna de Petrópolis

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