quarta-feira, junho 12, 2013

Biblioteca Municipal conta com acervo de 140 mil títulos

Considerada a terceira maior e mais importante do Estado do Rio de Janeiro, a Biblioteca Gabriela Mistral conta com um acervo de dar inveja. Em seu arquivo histórico podem ser encontrados desde primeiras publicações de jornais da cidade a exemplares de anúncios e curiosidades da época, com fotos. Além disso, conta com mais de 140 mil volumes diferentes disponíveis, alguns em Braille e também audiobooks. O público frequentador hoje é diferenciado, muitos estudantes podem ser vistos nas salas fazendo trabalhos de escolas e pesquisas. Com rede de internet sem fio disponível para os frequentadores, a biblioteca vai sobrevivendo à era digital. O local, atualmente, recebe cerca de 45 mil visitantes por ano. Sua coleção de livros em Braille para deficientes visuais vem sendo dinamizada através de constantes incorporações de títulos. A biblioteca disponibiliza ainda ao público um pequeno acervo de livros falados, entre eles clássicos como O Guarani e Ubirajara. Para aqueles que gostam de saber mais sobre a história da cidade, seu arquivo histórico conta com 900 mil documentos que revelam inúmeras curiosidades. As consultas a requerimentos a partir de 1857 até 1968, além de registros e certidões de óbito, lançamentos de impostos prediais e cadastros de indústrias e profissões. O primeiro jornal produzido em Petrópolis também está no local, O Parahyba, de 1857, é o primeiro registro da cidade. Entre matérias sobre inaugurações e eventos da época, encontramos anúncios sobre compra e venda de escravos. “Muleque entre 18 e 20 anos, bom pedreiro”, dizia um deles sobre a venda de um homem. Outro estava em busca de objetos perdidos: “Procuro alfinete com pedra de ouro perdido entre Rua do Imperador e Imperatriz. Recompensa-se”. Algumas matérias publicadas em edições antigas dos jornais da cidade mostram outras curiosidades da cidade, como no ano de 1968, quando um jovem de 26 anos foi submetido a uma cirurgia cardiovascular. Esta era a primeira vez que o procedimento acontecia em Petrópolis. Em 1970, rodava o primeiro táxi já com taxímetro. Em uma reportagem especial de 1981, o padeiro Januário Perdigão concedia uma entrevista sobre Rui Barbosa, Epitácio Pessoa e Rubens Fonseca, que eram seus clientes. Em documentos enviados à primeiro Câmara Municipal da cidade, que ficava na Rua Paulo Barbosa, um deficiente solicitava o direito de pedir esmolas na rua: “Aleijado, peço para esmolar na rua aos sábados, domingos e feriados”. O arquivo também conta com primeiras edições raras como Dom Bosco, de 1915, e a primeira edição e volume do Jornal Alemão de Petrópolis, de 1911. São mais de seis mil obras raras no acervo da biblioteca. As obras raras e algumas peças do arquivo histórico não ficam disponíveis para manuseio, mas podem ser vistos com a presença de funcionários. Coleções vindas de doações aumentam o acervo histórico. Entre elas, uma comprada com a doação de 400 contos de réis por Dom Pedro II em 25 de fevereiro de 1881. A Comunidade Israelita doou coleções que faziam parte da biblioteca pessoal de Stefan Zweig, após seu falecimento. A biblioteca funciona hoje, além do Centro, em quatro salas de leitura que ficam em Nogueira, Pedro do Rio, Posse e Itaipava. Para tornar-se sócio da biblioteca, a fim de poder efetuar empréstimos das obras disponíveis para tal, é preciso levar ao local duas fotos 3x4, carteira de identidade (original) e comprovante de residência (original), sendo os dois últimos para simples conferência. Para quem é menor de idade, é necessário preenchimento de formulário específico com assinatura de seus responsáveis. Fonte: Tribuna de Petrópolis

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