segunda-feira, maio 27, 2013

Contagem regressiva para o início do funcionamento do Samu na cidade

O seminário promovido pela Comissão de Defesa da Saúde da Câmara Municipal ontem para discutir a rede de atendimento de urgência e emergência no município terminou com uma boa notícia: o serviço do Samu deve começar a funcionar na cidade em pouquíssimo tempo. Segundo a coordenadora de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Gisela Motta, o dinheiro já foi liberado e faltam, agora, apenas pequenos ajustes. O presidente da Comissão de Defesa da Saúde, vereador Silmar Fortes (PMDB), considerou o resultado do evento positivo. “A ideia é discutir o assunto continuamente, oferecendo informação e esclarecimentos àqueles que trabalham com a defesa da saúde, tais como vereadores, conselheiros e defensores dos direitos dos cidadãos”. Ainda segundo o vereador Silmar, “na área da saúde, sem a informação, o debate e a argumentação ficam fragilizados. O seminário é para entendermos tecnicamente do assunto e assim exigir mais e melhor os nossos direitos. O processo será contínuo e estamos prevendo outros seminários”. Além do vereador, estiveram presentes também os vereadores Roni Medeiros (PTB), Luizinho Sorriso (PT), Ronaldo Ramos (PTC), Anderson Juliano (PT), Maurinho Branco (PTC) e o presidente da Câmara, Paulo Igor (PMDB). Para o presidente da casa, “somente dessa maneira, preparados e bem informados, é que cada um em sua função poderá lutar pela saúde de nosso município, já que 80% da população dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde”. O seminário contou com a presença, além de Gisela Motta, do prefeito Rubens Bomtempo; do coordenador do Comitê Regional de Atenção às Urgências da Região Centro Sul, Romero Bandeira; da procuradora do Ministério Público Federal, Vanessa Seguezzi; e da promotora do Ministério Público Estadual, Vanessa Katz. A promotora Vanessa Katz frisou que “política pública de saúde é a mais democrática e isso se dá pela própria Constituição Federal. O legislador permite que toda a sociedade participe desse processo e, inclusive, a Lei Complementar 141 permite uma maior participação das Câmaras Municipais na avaliação do serviço que é prestado”. A promotora ainda estabeleceu as premissas desse encontro que, segundo ela, são “primeiramente para criticar, é preciso conhecer o assunto e é por essa razão que estamos aqui. Em segundo lugar, ignorância não é burrice. As pessoas não gostam de reconhecer que não conhecem um assunto, no entanto, buscar informação não é demérito, é necessidade, e em terceiro, a lógica do SUS é muito simples, são as pessoas que complicam”. A manhã do evento foi dedicada a entender a conceituação e o funcionamento de cada componente das Redes de Atenção à Saúde. Já o período da tarde foi dedicado à análise da situação da Rede de Atendimento em nosso município. A médica Gisela Motta, em sua palestra, declarou que “não dá para falar de Urgência e Emergência sem falar de Atenção Básica de Saúde, pois quando essa atenção é bem feita logo no início, diminuem muito os custos posteriores em internação de urgência”. O ciclo de urgência e emergência inicia ainda com a promoção e a prevenção. É a fase da orientação e educação, em que podem ser feitas parcerias com a Secretaria de Educação para usar as escolas como locais de disseminação de informação. São mensagens informativas, campanhas, abordagens, entre outras ferramentas de conscientização que fazem parte da rede de saúde no Brasil. Além disso, outro segmento altamente recomendado pela Drª Gisela Motta é o fortalecimento da atenção domiciliar. Segundo a médica, “quando as equipes visitam a casa do paciente para complementar o tratamento, na verdade, estão liberando um leito no hospital”. Também faz parte da rede o Samu, órgão responsável por ordenar o fluxo de pacientes e disponibilizar atendimento e transporte adequado, rápido e resolutivo de quem está em situação de risco. “Petrópolis será a referência na Região Serrana, mas quando o serviço estiver funcionando é necessário que a população seja educada para utilizar o serviço de maneira correta. O Samu não é um simples transporte de pessoas para o hospital”, lembrou Gisela. Já os casos de complexidade intermediária devem ser levados às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Apenas casos de alta complexidade devem ser encaminhados ao hospital. Também foi apresentado o caso de sucesso da UPA de Três Rios. A gestão da saúde no município ganhou, em 2011, o prêmio de boas práticas públicas do Tribunal de Contas do Estado. O grande salto de qualidade em Três Rios foi superar o modelo tradicional, no qual todas as demandas de saúde são levadas diretamente ao hospital geral, e em vez disso são distribuídas de acordo com o grau de complexidade por toda a rede. Fonte:Tribuna de Petrópolis

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