quarta-feira, abril 03, 2013

Locomotiva que inaugurou a Estrada de Ferro de Petrópolis é atração de museu

Um vagão usado pelo ex-presidente Getúlio Vargas também está em exposição no Museu do Trem, no Engenho de Dentro: espaço e peças históricas./Foto: divulgação. A locomotiva Baroneza, que inaugurou a Estrada de Ferro de Petrópolis, ferrovia pioneira no Brasil, cuja reativação é objeto de grande movimentação de líderes comunitários da cidade, é a grande atração do Museu do Trem, que será reaberto ao público hoje, no bairro Engenho de Dentro, no Rio. O museu, que guarda as principais referências da memória ferroviária brasileira, teve seu prédio e acervo tombados em 2011, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A área onde está situado o Museu do Trem abrigou por décadas as oficinas da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que chegaram a ser as maiores da América Latina e influíram até na formação do bairro Engenho de Dentro. A maior parte do terreno, no entanto, é hoje ocupada pelo Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, construído para os Jogos Pan-americanos de 2007. O museu e sua coleção pertenciam à RFFSA, mas com a extinção da estatal, há seis anos, o acervo foi absorvido pelo Iphan. Segundo o órgão, os mais de mil itens passaram, ao longo desse período, por um criterioso inventário. O historiador Bartolomeu d’El-Rei Pinto, que desde julho do ano passado é responsável pelo museu, disse que a sua reabertura vinha sendo reivindicada há tempos por associações de antigos funcionários da RFFSA e por vários interessados na memória do transporte ferroviário. “É o único museu dedicado ao trem no Estado do Rio de Janeiro, e o único espaço cultural do bairro. As pessoas passavam por aqui e batiam na porta para ver o museu, mesmo sabendo que ele estava fechado”, declarou. A locomotiva Baroneza, fabricada na Inglaterra, movida a vapor, foi a primeira a trafegar na Estrada de Ferro de Petrópolis, ferrovia pioneira do país, implantada pelo Barão de Mauá. Outros itens importantes são um vagão usado pelo ex-presidente Getúlio Vargas e outro usado pelo rei Alberto, da Bélgica, quando esteve em visita oficial ao Brasil, em 1922. Utensílios, mobiliário dos trens e equipamentos ferroviários também estão expostos no museu. De acordo com o historiador, para reabrir o espaço foi preciso apenas uma revisão na parte elétrica e no sistema de iluminação. “O acervo vinha sendo mantido limpo e arrumado”, disse. No entanto, por falta de funcionários, o museu não poderá abrir, pelo menos por enquanto, nos fins de semana. A visitação pública será de segunda a sexta-feira, das 10h às 15h, com entrada franca. As escolas poderão agendar visitas guiadas pelo telefone (21) 2233-7483, também disponível para informações em geral. O Museu do Trem fica na Rua Arquias Cordeiro, 1.046, no Engenho de Dentro, zona norte do Rio. Fonte:Tribuna de Petrópolis

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