terça-feira, abril 30, 2013

Comitê do Piabanha quer explicações sobre as obras do Parque Fluvial

Do projeto original, elaborado em 2008, nenhum trecho do Parque Fluvial foi concluído. Interrompidas em 2011, as obras continuam paralisadas./Foto: divulgação. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piabanha e das sub-bacias hidrográficas dos rios Paquerer e Preto (Comitê Piabanha) vai solicitar ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) explicações sobre o Parque Fluvial do Rio Piabanha. O projeto foi apresentado em 2008, mas as obras só começaram em 2010, sendo paralisadas em 2011, após a tragédia que atingiu a região do Vale do Cuiabá. Os integrantes do comitê questionam a destinação dos recursos para a implantação do parque e porque as intervenções não foram concluídas. “A obra deveria ter sido concluída em outubro de 2010 e até hoje está paralisada. O dinheiro investido foi da Bacia do Piabanha, autorizado pelo comitê para que fosse implantado”, destacou a representante da entidade Novamosanta, Yara Valderde. A convocação do Inea foi decidida durante reunião ordinária do Comitê Piabanha, realizada no último dia 16. Para os integrantes da entidade, é preciso criar uma resolução que determine que toda intervenção feita na bacia passe pela análise do comitê antes de ser executada, como acontece atualmente com o Comitê Guandu, por meio da Resolução número 11. Para a secretária executiva do Comitê Piabanha, Érika Mello, não existem dados suficientes sobre o projeto. “Existe muita dificuldade em entender, por isso essa reunião extraordinária será importante”, disse. O projeto do Parque Fluvial custou quase dois milhões de Reais e, segundo Yara Valverde, cerca de R$ 400 mil foram destinados para o projeto básico. A empresa responsável pela obra é a Theopratique. No site da empresa, é possível ver uma apresentação do projeto. O proprietário da empresa, Luiz Carlos Dias de Oliveira, disse que a Theopratique elaborou apenas o projeto básico e não soube dizer por que as obras paralisaram. “Não fomos mais procurados pelo Inea e, pelo que sei, existem outros dois projetos, um deles executivo, que estaria sendo apresentado pelo instituto”, disse. O Parque Fluvial contempla 32 quilômetros dos rios Piabanha e Santo Antônio. Um trecho segue do Retiro até Pedro do Rio e outro segue até a localidade de Madame Machado. A primeira etapa da obra entre a ponte dos arcos, nas proximidades do Parque Municipal de Itaipava, e a confluência com o Rio Santo Antônio, começou em 2010. Parte das intervenções foi destruída pelo temporal de 2011. O projeto conta ainda com o alargamento da caixa do rio, uma praça às margens da confluência entre os dois rios, uma área de três quilômetros de extensão para passeios de bicicleta e a cavalo, além de paisagismo e recuperação dos espaços degradados ao longo dos rios. O projeto também levou em consideração as remoções de imóveis às margens do rio. Segundo Luiz Carlos, seriam 400 casas entre o Retiro e Pedro do Rio. “Na parte das remoções, focamos no assentamento precário”, disse. Érika Mello não falou sobre as remoções e ressaltou que o impacto do projeto na região será um dos pontos abordados durante a reunião extraordinária do comitê. “Não temos nenhuma informação concreta sobre o projeto”, concluiu a secretária executiva do Comitê Piabanha. Fonte:Tribuna de Petrópolis

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