quarta-feira, março 06, 2013

Começa o cadastro para o transporte de deficientes

O transporte público para deficientes que precisam fazer tratamento e atividades terapêuticas em associações filantrópicas da cidade foi restabelecido pela prefeitura após mais de dois meses de interrupção. Quem precisa do serviço deve comparecer ao órgão, na Rua Aureliano Coutinho, nº 81 - 2º andar, Centro, portando identidade, comprovante de residência e todos os documentos médicos relacionados ao paciente. Cada caso será analisado e, após aprovação, a família deve fazer o agendamento dos dias e horários em que precisará se deslocar. O telefone para contato e esclarecimento de dúvidas é o 2246-9210. No último dia 20, a Tribuna publicou matéria sobre os problemas gerados pelo corte do transporte público às famílias, em dezembro. Aproximadamente 15 famílias eram beneficiadas e dependem do serviço para conseguir que os filhos recebam tratamento adequado. Uma delas é a de Suzana, 12 anos. Os pais da menina, que tem um tumor cerebral e problemas na coluna, Maria Silvana da Silva Rosa, 39 anos, e Marcos da Silva Vieira, 44, fizeram o cadastro na sexta-feira e ontem telefonaram para saber se a filha já poderia retornar às atividades, que trazem grande melhora física e psicológica. Desde que o transporte foi cortado, Suzana deixou de frequentar a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais -Apae, que fica na Rua Monsenhor Bacelar, no Centro, já que a família mora no bairro Alcobacinha. “Ela diz o tempo todo que quer ver os tios, referindo-se às pessoas que realizam as atividades. Precisamos que o transporte seja disponibilizado o mais rápido possível. Só quero ver quando esta resposta vai chegar e se ela vai ser boa”, disse Silvana, desconfiada. A mãe de Suzana esteve na Secretaria de Saúde na última sexta-feira. Ela passou por um questionário e preencheu um formulário que, conforme as explicações que recebeu, servirão para que o órgão defina se a menina, que não se comunica nem anda sozinha, tem direito ao benefício. “Se eu não fosse lá, nem esse procedimento teria feito ainda. Eles me pediram para estar lá na quinta e eu não podia, pois não posso deixar minha filha sozinha. Acho que poderiam mandar um assistente social na minha casa, assim aproveitariam para avaliar melhor a minha situação financeira se é o que querem saber”, afirmou Silvana. Sirlei, 38 anos, também tem dificuldades motoras e fica triste por não poder frequentar o espaço onde recebe ajuda gratuita, como fazia antes. A mãe dela, Marlene Baltar do Vale, 66 anos, conta que a filha não tem autonomia para fazer nada, o que a deixa em depressão. Até o mês passado, Marlene estava gastando R$ 80 por semana com táxi para levar a filha da Rua Paulino Afonso, no Centro, onde mora, até a Pestalozzi, no bairro Independência. “Ela não fica nada bem em casa sem fazer nada, por isso eu estava fazendo de tudo para levá-la, mas nesta semana já não tenho mais condições”, lamentou Marlene. Ela ainda não fez o recadastramento, mas pretende procurar a secretaria hoje e obter o direito de utilizar o transporte o quanto antes. Fonte:Tribuna de Petrópolis

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