quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Cemitério de Itaipava sem vagas para sepultamentos

Além dos problemas em Itaipava, o Cemitério Municipal do Centro está com uma área interditada por causa da ameaça de deslizamentos./Foto: Marco Oddone. Sem campas, covas rasas e gavetas, o Cemitério de Itaipava está há mais de uma semana sem realizar sepultamentos. O cemitério só está realizando enterros de quem conta com uma sepultura. Segundo informações, só amanhã, dia 20, quando estão previstas duas exumações, duas campas estarão desocupadas. “Quem morrer antes não vai poder ser enterrado aqui, vai ter que ir para outro cemitério”, disse o funcionário. O Cemitério de Itaipava é o segundo maior do município. Com cerca de 800 campas – entre sepulturas particulares e públicas, gavetas e covas rasas –, o cemitério já não comporta mais a demanda. Em 2011, o município construiu 150 gavetões, mas de acordo com funcionários não foi o suficiente. “Em três meses, as vagas acabaram”, disse. Com a falta de vagas, quem mora na região está sendo enterrado em outros cemitérios. Ao todo, o município conta com sete – Centro, Itaipava, Secretário, Vale das Videiras, Brejal, Garibu e Quarteirão Worms. “O problema é que os familiares não querem ir para tão longe. Alegam falta de dinheiro para custear o transporte, para que os parentes possam acompanhar o cortejo”, disse. No maior cemitério da cidade, localizado na Rua Fabrício de Mattos, as gavetas também estão sendo “disputadas”. Ontem, por exemplo, segundo informações de uma funcionária de uma funerária, havia três mortos e apenas um gavetão. “Quem chega primeiro leva. Estamos recomendando as famílias a ir para a porta do cemitério o mais cedo possível. Agora é por ordem de chegada”, contou. A falta de espaço contribui também para a valorização do preço de sepulturas perpétuas, que podem custar mais caro que um carro popular, ou mesmo que um terreno ou imóvel popular. Apesar de, legalmente, a venda de jazigos não ser permitida, no mercado informal a compra pode ser concretizada, mediante transferência de direito de cessão, mas nesses casos o pagamento tem que ser feito à vista e os preços são altos: em Itaipava, uma sepultura com acabamento em mármore custa entre R$ 12 e R$ 15 mil. No Cemitério do Centro, os jazigos são ainda mais valorizados e a família precisa desembolsar o equivalente ao preço de um terreno. Para o funcionário do Cemitério de Itaipava, a solução seria a construção de um novo cemitério. “Não há mais espaços e a cidade não comporta mais”, disse. A ideia esbarra em obstáculos como a falta de terrenos e questões ambientais. “Além disso, ainda há a desvalorização imobiliária, ninguém quer morar perto de um cemitério”, concluiu o funcionário. Por meio da Coordenadoria de Comunicação Social, a Secretaria de Administração informou que para o Cemitério Municipal de Itaipava existe a previsão de construção de 12 sepulturas municipais. A medida irá gerar a abertura de 48 novas vagas. Já no Cemitério Municipal do Centro, o início de uma obra de contenção para a reutilização de 315 gavetões, que estão interditados devido a eminência de desabamento, já está em estudo. O trabalho deve começar em breve. Fonte:Tribuna de Petrópolis

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