quinta-feira, janeiro 17, 2013

Radares da Serra não têm data para entrar em operação

O pedágio na BR-040, administrada pela Concer, é um dos mais caros do país, R$ 8 para carros e até R$ 48 para carretas, mas a contrapartida ao usuário é o descumprimento dos prazos de melhoria da estrutura da rodovia federal. Dos dezesseis radares de fiscalização eletrônica da velocidade, que a concessionária deveria ter instalado até o final de 2012, apenas onze estão instalados e nenhum deles operando. A instalação do equipamento estava prevista na publicação do Diário Oficial da União de agosto de 2011. A determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no que tange ao enquadramento à Implantação do Rodovia Inteligente, do Programa de Exploração das Rodovias (PER), era de que os radares estivessem instalados, e em funcionamento, até o fim de 2012, mas ainda restam cinco radares a ser instalados e nenhuma previsão de quando começam a funcionar. O déficit para o usuário continua. Os locais onde estão sendo instalados os radares foram escolhidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), visando reduzir o número de acidentes nos trechos mais perigosos da rodovia que liga Juiz de Fora ao Rio de Janeiro, passando por Petrópolis. Entre os locais escolhidos está o quilômetro 34, onde é comum o tombamento de carretas. “Este é um trecho (Km34) da pista sentido Juiz de Fora onde ocorrem acidentes decorrentes do excesso de velocidade dos motoristas. É comum vermos tombamentos de carretas ali e, logo depois, no quilômetro 24, locais que escolhemos para fazer a aferição da velocidade”, explica o chefe da 6ª Delegacia da PRF (Região Serrana), Elias Montes. Para o policial rodoviário, o usuário é o maior prejudicado. “Se ao menos a sinalização estivesse pronta, poderíamos evitar novos acidentes”. Dos onze radares que foram instalados no trecho da Serra de Petrópolis, seis foram instalados na pista de descida e outros cinco na pista de subida. Sete deles no trecho entre o Bingen e Itaipava. Eles representam uma parceria entre a Concer, a ANTT e a PRF, no que diz respeito à escolha dos locais e aplicação do serviço. À PRF caberá a aferição do equipamento e administração, conferindo as imagens geradas para aplicação de multas. Câmeras poderiam evitar crimes na serra Além dos radares, estão previstas a instalação de sistema de meteorologia, placas de sinalização e 74 câmeras de monitoramento. Em relação às câmeras, apenas 22 foram instaladas na Baixada Fluminense e nas praças de pedágio. Para o chefe da delegacia da Região Serrana da PRF, o equipamento poderia evitar crimes como o que ocasionou a morte de uma empresária, no ano passado, e os assaltos a ônibus. “A aliança entre informação e tecnologia é fundamental. Com as câmeras em funcionamento, podemos não apenas identificar melhor os criminosos que atuam na rodovia como também inibir a ação desses bandidos ou mesmo antecipá-las”, afirma Elias Montes. Fonte: Tribuna de Petrópolis

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