quinta-feira, julho 05, 2012

'Onças' são avistadas no Bairro Araras e atacam animais

Segundo agentes da Reserva Biológica de Araras (Rebio) tem recebido nos últimos meses denúncias e pedidos de intervenção a respeito do aparecimento de "onças" no Bairro Araras e adjacências. De acordo com relatos de moradores, o "animal" estaria atacando aves domésticas (galinhas, patos, marrecos etc), bem como, cães, gerando temor aos residentes e veranistas. "As pessoas criam aves, patos e outros animais que estão na cadeia alimentar de alguns desses animais carnívoros. O que recebemos de relatos eram de cachorros machucados, pegadas, sumiços de galinhas. Existe um imaginário popular que entende todos esses animais silvestres como 'onça'", explica o chefe da unidade de conservação de Araras, Ricardo Ganem. A Rebio chama a atenção para o fato de que a região é rica em biodiversidade devido a significativa cobertura vegetal, bem como, a existência de Unidades de Conservação da Natureza (Rebio-araras Inea, Parnaso Icmbio, Apa Petrópolis) que propiciam condições de existência de várias espécies da fauna e da flora. Dentre estas espécies, algumas de felinos (jaguatirica, onça parda, gato maracajá) e canídeos (cachorro do mato e lobo guará). Estas espécies vivem em harmonia com o ambiente equilibrado, porém devido ao eventual desequilíbrio ecológico, ocorre a predação de espécies exóticas que coexistem com as silvestres e, portanto é comum acontecer de animais silvestres atacarem para comer algumas galinhas e patos e caso algum cachorro venha a ataca-la, este também será machucado por motivo de defesa do animal silvestre. "Isso é uma constante, sempre aconteceu e sempre vai acontecer em áreas próximas a essa reserva. Existe uma convivência. Nem sempre ela é pacífica. Mas um animal só atacaria uma pessoa caso seja acuado, ameaçado. Nos EUA, por exemplo, ursos e guaxinins normalmente se aproximam das casas, em busca de alimentos despejados em lixos, como restos de frango. Por isso, é importante ter cuidado na hora de de se armazenar", diz Ricardo. A Rebio diz ainda ter entrado em contato com Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros - CENAP - ICMBIO e buscamos orientações técnicas para minimizar este conflito. Dicas para evitar os ataques Ainda de acordo com os agentes, a melhor opção é construir galinheiros parcialmente cobertos comtela reforçada, bem presa ao chão, com as emendas constantemente revisadas, já que algumas espécies de predadores (quatis, mão-peladas, iraras) tem boas habilidades com as “mãos” e podem escalar facilmente ou passar por baixo de cercados mal acabados. Raposas,lobos, furões e mesmo jaguatiricas podem cavar o chão na tentativade entrar por baixo da tela. Se o causador do problema é um lobo, cachorro-do-mato ouraposa, não há necessidade de cobrir o galinheiro com tela. Entretanto, deve-se observar os hábitos dos animais envolvidos. Os felinos por exemplo, são ótimos saltadores e podem se utilizar dequalquer objeto ou árvore próximos para fazer apoio e saltar para dentro do confinamento. É importante lembrar que na maioria das vezes não se sabe quem é o predador responsável. Então deve-se sempre fechar bem o galinheiro sem deixar frestas. Um predador pode passar por espaços muito pequenos. Em caso de ataques diurnos, instalar espantalhos. Soltar bombas ou fogos de artifício quando o predador for surpreendido próximo aos animais de criação. Isso provoca uma associação negativa no predador que pode ser permanente. Porém,muitas vezes o susto só dura alguns dias. Mais esclarecimento serão passados posteriormente através de cartilhas e cartazes a população. Em caso de dúvida ou esclarecimentos, entrar em contato com a Reserva Biológica de Araras - INEA (24) 2225-1975 e a APA Petrópolis - ICMBIO (24) 2222-1651. Fonte:Tribuna de Petrópolis

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