quinta-feira, julho 12, 2012

Entidades protestam e não querem boate em Itaipava

A diretoria da Novamosanta está preocupada com a recomendação da Prefeitura para que seja concedido alvará para funcionamento de uma boate, em Itaipava, ao lado da ponte vermelha (próximo ao Horto Municipal). O prédio que está passando por obras está situado dentro da faixa de domínio da Estrada União e Indústria e na faixa marginal de proteção do rio Piabanha. Para o vice-presidente da entidade e presidente do Conselho Municipal da Cidade (Comcidade), Carlos Eduardo Cunha Pereira, a permissão de funcionamento da boate é “inadmissível e incompreensível”. “O que estamos percebendo é que a questão da ocupação de margens do rio não depende da classe social. É apenas a busca pelo ganho financeiro. A licença para funcionamento desta boate, além de crime ambiental é um desrespeito com a região de Itaipava”, protestou Carlos Eduardo, que tomou conhecimento do parecer favorável da Prefeitura à concessão do alvará de funcionamento através do Instituto Civis. “A entidade questionou o município sobre o andamento do processo e acabamos recebendo esta informação”, contou. A instalação da boate já faz parte de uma denúncia no Ministério Público. O assunto também será abordado no Comitê da Bacia do Piabanha. “Vamos tomar as providências legais. Estamos dispostos a impedir que esse empreendimento seja legalizado. E se for preciso vamos mobilizar a sociedade. Não abriremos mão de defender nosso direito e nosso distrito em todas as instâncias cabíveis”, ressaltou Carlos Eduardo. A obra de reforma do prédio chegou a ficar embargada por cerca de seis meses. Entretanto, na última segunda-feira, dia nove, os trabalhos recomeçaram. Entre as intervenções que estão sendo feitas no local está a construção de um anexo (com estrutura metálica) nos fundos do imóvel, bem próximo à margem do rio. Na manhã de ontem, fiscais da APA-Petrópolis realizaram uma vistoria no local e constaram que não existe nenhum documento de “desembargo” do imóvel. Segundo o gestor da entidade, Sérgio Bertoche, um ofício será encaminhado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para que p órgão possa atuar na questão. “O Inea é a entidade que tem poderes para atuar em casos como este. Vamos também consultar o nosso corpo jurídico para saber como devemos proceder neste assunto, uma vez que o empreendimento está dentro dos limites da APA-Petrópolis”, informou. Por outro lado, o empresário Renan Alves, responsável pelo lugar, afirma que está agindo embasado na lei e que o embargo da obra em 2011 ocorreu apenas para a adequação do projeto, ou seja, a substituição de vidraças por módulos acústicos de madeira. “Isso está sendo feito para a segurança dos frequentadores e, inclusive, para a acústica do lugar, com o objetivo de não incomodar os vizinhos”, explicou. Renan garante, no entanto, que está de acordo com o que determinam os órgãos como o Inea e a Apa. “Sequer precisamos pedir autorização do Ibama, porque não estamos desmatando. Ali existem palmeiras, as quais também não foram arrancadas e sim circundadas e permanecem lá”, disse, salientando que possui uma declaração da então presidente do Inea, Marilene Ramos, como prova de que tudo está sendo feito de acordo com o que determina a lei. “Não estamos invadindo as margens do rio. O prédio já existia. Foi feito um acréscimo e a fachada é nova”. Fonte: Tribuna de Petrópolis

2 comentários:

Rafael Rodrigues disse...

Isso é uma piada, esse pessoal dessas "entidades" não sabem o que a sociedade quer. Além de lazer e entretenimento, precisamos de mais vagas de trabalho e renda para esta cidade, por isso muitos aqui vão para outras cidades vizinhas. O mercado de trabalho em Petrópolis é muito ruim e quando surge uma nova empresa que vai gerar emprego, renda e tributos para o município, chegam esses ricos do Rio que vem morar aqui e querem transformar Petrópolis em dormitório deles, e ficam com esse papo de preservacionismo. Não sou a favor do desmatamento e muito menos da ilegalidade, mas o caso é muito simples foi apenas um "puxadinho" de um prédio já existente, era um terreno já pavimentado (impermeabilizado) que era utilizado como estacionamento. Sequer o cara invadiu o Rio, manteve o mesmo alinhamento do prédio já existente!
FORA NOVAMOSANTA!!!! VÃO CAÇAR O QUE FAZER!!!!!!! PERCAM TEMPO COM ATIVIDADES QUE FAVORECEM O PÚBLICO E NÃO A VONTADE PRÓPRIA DE VOCÊS!!!

Anônimo disse...

Enquanto fazem este estardalhaço todo com isso, os ricos fazem o que querem para construir suas casas e condomínios e ninguém faz ou diz coisa alguma.