terça-feira, junho 12, 2012

Operação Lei Seca em Itaipava é apenas educativa

Fiscalizações para flagrar motoristas dirigindo embriagados ainda não tem data para acontecer Apesar do mau tempo, com chuva fina e neblina na noite de sexta-feira, 2,1 mil pessoas foram abordadas por agentes da equipe Delta da Operação Lei Seca, em bares e boates de Itaipava e do Centro Histórico. O trabalho de conscientização alertando sobre os perigos de beber e dirigir tinha os jovens como foco principal, sendo a visita uma resposta a inúmeros pedidos da população, já que na região dos distritos as irregularidades do tipo acontecem com frequência. A operação teve início por volta das 19h, com previsão de quatro horas de duração. Itaipava foi o primeiro local visitado e, de acordo com Carlos Augusto Lopes Vieira, coordenador da equipe Delta, o trabalho foi bem recebido, inclusive pelos jovens. “Em determinado ponto, um motorista chegou a abrir a janela do carro e gritar que a operação precisa ser realizada toda semana. Ou seja, reconhece a importância do nosso trabalho”, lembra. Além de dois coordenadores, a equipe conta com a participação de três cadeirantes, vítimas de acidentes de trânsito. O grupo circulou por Itaipava e conversou com as pessoas nas calçadas, inclusive dentro de bares e restaurantes, com o objetivo de mostrar o perigo e as consequências da mistura álcool e direção. Em alguns locais, os responsáveis pelos comércios se comprometeram a anexar folhetos explicativos da campanha junto às contas de consumo dos clientes”, salientou Carlos Augusto. Mas, apesar de terem sido bem recebidos na mesa, a atitude de uma mulher que estava com um grupo de amigos num restaurante da região deixou os integrantes da equipe Delta perplexos. “Havia sete pessoas numa mesa, entre elas uma adolescente de 14 anos, que era a única que não estava bebendo. Quando estávamos saindo, ouvimos a mãe da menina, com ironia, dizendo que teria de entregar o carro para a filha voltar para a casa dirigindo”, contou, destacando: “Ou seja, deixou claro que naquela mesa todos haviam ingerido bebida alcoólica”. Em Itaipava, o trabalho durou pouco mais de duas horas, sendo concluído nos bares da Rua Nelson de Sá Earp e arredores da Praça da Liberdade. Essa foi a terceira visita do grupo em Petrópolis. Nas anteriores, uma delas em maio, circularam pelos bares do Centro Histórico, principalmente na Rua Nelson de Sá Earp, onde também é grande a presença de jovens ingerindo bebidas alcoólicas. Apenas nas duas primeiras visitas, quase oito mil pessoas foram abordados. A ideia é que o trabalho seja realizado pelo menos uma vez por mês, mas, por enquanto, as fiscalizações com o objetivo de flagrar motoristas dirigindo embriagados ainda não tem data para acontecer. O motivo seria a falta de um depósito público para onde levar os veículos, no caso de apreensões. A operação aconteceu uma semana depois da morte dos jovens Stephani Rocha da Silva, de 19 anos, e Walace Ramos da Silva, 18 anos, que voltavam de uma boate em Itaipava. Outras duas pessoas ficaram feridas. De acordo com Carlos Augusto, a realização do trabalho nessa data já estava prevista desde a última visita do grupo, que aconteceu em maio. “Assim como já estão previstas outras duas visitas, que devem ocorrer ainda nesse mês. Numa delas, além do trabalho de conscientização, fomos convidados a participar da reunião do Conselho Comunitário de Segurança. Lançada em 19 de março de 2009 pela Secretaria de Estado de Governo, tem o objetivo de reduzir os acidentes de trânsito. Fonte: Tribuna de Petrópolis

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