sexta-feira, novembro 18, 2011

Inea autoriza obra que invade leito do Rio Santo Antônio, em Itaipava

Em meio à polêmica para a retirada de centenas de moradores da chamada área de exclusão delimitada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) após as chuvas de janeiro, a liberação de uma licença do órgão estadual para a construção de um muro em uma propriedade de alto padrão às margens do Rio Santo Antônio vem causando revolta entre moradores da região e mobilizou autoridades municipais. O muro desabou com as chuvas de janeiro e está sendo reconstruído dentro do Rio Santo Antônio. No dia da enxurrada, ele teria criado uma barreira e contribuído para aumentar o alagamento em casas na Estrada do Gentio. Levado pela chuva, ele deixou instável a área em torno de uma piscina de cerca de 2 mil litros, que hoje é motivo de preocupação para os moradores. “Se vier uma outra chuva e essa piscina descer, ela vai entupir o rio e provocar uma tragédia”, disse um empresário da região.
Denunciada por moradores, a construção que é de responsabilidade de um morador da Estrada das Arcas chegou a ser embargada por três vezes pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Leandro Vianna. Em uma das vezes, o secretário afirmou aos responsáveis que acionaria a Polícia em caso de descumprimento do embargo. Ao voltar ao local, na sexta-feira, fiscais foram surpreendidos pela apresentação de uma autorização do Inea e não tiveram como impedir a construção. Segundo o secretário, os fiscais do município foram informados que a autorização ambiental AAIN018003, foi conseguida do Inea por meio do processo E07/159.208/2011.
Além da fundação do muro estar sendo construída dentro da caixa do rio, outro detalhe chamou a atenção do secretário de Meio ambiente: o imóvel em questão estaria na área vermelha no mapeamento do Inea, ou seja, estaria dentro da faixa de exclusão. “A secretaria tem sido atuante na fiscalização. Neste caso, estivemos lá quatro vezes. A última delas na sexta-feira. Diante da apresentação do licenciamento do Inea, não tivemos mais como impedir a construção do muro. Da forma como está hoje, aquela piscina de fato representa um risco. No entendimento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ela deveria ser demolida e os escombros retirados de lá. Principalmente porque aquele imóvel está na faixa de exclusão, então ele vai ter que sair dali, assim como está sendo feito com os moradores da Estrada do Gentio, por exemplo. Não conseguimos entender porque autorizar a construção de um muro em uma casa que está na faixa vermelha”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Leandro Vianna.
Indagado sobre a questão, o Inea não informou, até o fechamento desta edição, o motivo da construção do muro ter sido autorizada.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

Um comentário:

Anônimo disse...

isto é um absurdo, será que este muro vai passar por cima da autoridade estadual,nos moradores exigimos a retirada do muro a lei tem que ser igual prá todos . que pais é esse!!!