domingo, setembro 11, 2011

Tempo seco e quente estende período de risco para ocorrência de queimadas

Oito focos de incêndios foram registrados pelo Corpo de Bombeiros na última semana. Apenas na região do Brejal, a estimativa é de que 400 hectares de vegetação tenham sido destruídos pelo fogo. No local, ainda está sendo aguardada a visita de geólogos e biólogos para uma noção exata dos prejuízos à fauna e à flora. Ao contrário de anos anteriores, quando as queimadas se extinguiam em setembro, a expectativa é de que avancem até outubro.
Ontem, sob o comando do coronel Souza Vianna, do Comando de Bombeiro da Área – CBA Serrana, uma missão aérea para verificar pontos quentes foi desencadeada à tarde. “A ideia é verificar a situação das regiões do Brejal, Taquaril, Querosene, Fagundes e Secretário. Também faremos um sobrevoo pela mata nas proximidades de um condomínio, assim como na Reserva Biológica de Araras”, explicou o major Ramon Camilo, comandante do quartel de Bombeiros de Itaipava e, interinamente, do batalhão da Avenida Barão do Rio Branco. “Com a vista aérea, também é possível verificar a melhor forma das tropas chegarem a determinados focos”, explicou.
Uma pista de kart em frente ao Quartel de Itaipava está sendo usada como heliponto. O sobrevoo, de acordo com o major Ramon Camilo, também deve ser realizado na manhã de hoje. “Se formos seguir pelas quatro estações do ano, o período de estiagem e, consequentemente, as queimadas, acaba em outubro, entretanto, nos anos de 2002 e 2007, por exemplo, se estenderam até novembro. Esperamos que isso não aconteça novamente”, destaca o bombeiro.
Em 2010, apenas entre os meses de julho e setembro, um total de 175 ocorrências do tipo foram contabilizadas pelo Corpo de Bombeiros. Dessas, apenas o mês nove (setembro) foi o responsável por 125 ocorrências. Como os casos continuam sendo contabilizados, os números de 2011 ainda são desconhecidos, mas vale destacar que até junho 52 queimadas já haviam sido comunicados ao Corpo de Bombeiros.
Além do Corpo de Bombeiros, guardas parqueda Reserva Biológica de Araras e equipes do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso) atuam no combate aos focos. Os incêndios registrados em Anápolis, Secretário e Fagundes, por exemplo, já foram sanados. Equipes do Instituto Estadual de Ambiente (Inea) e do Grupamento de Proteção Ambiental (GPA) da Guarda Municipal também trabalham no combate às queimadas.
Atualmente, o Corpo de Bombeiros e o Instituto Estadual de Florestas contam com uma importante ferramenta para identificar com antecedência a probabilidade de incêndio. O Índice de Risco de Incêndios Florestais (IRI) é divulgado diariamente pelas duas instituições. De acordo com o estudo, para esse sábado, a probabilidade de incêndios na Região Serrana é baixa, mas amanhã começa a subir, elevando para o nível médio.
O IRI faz parte do Plano de Prevenção e Controle de Incêndios Florestais da Secretaria de Meio Ambiente e IEF/RJ e é calculado a partir de informações meteorológicas. O índice é dividido entre os níveis baixo, médio e alto, que estabelecem os graus de probabilidade de índice e de velocidade de propagação de fogo. Foi criado como um das estratégias de prevenção e combate durante o período de estiagem, que vai de maio a outubro. O nível apurado em cada região determina o grau de prontidão das equipes de prevenção e controle de indícios do Corpo de Bombeiros, Ibama e IEF.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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