segunda-feira, setembro 19, 2011

Deputados discutem mudanças na praça de pedágio, em Xerém

A possibilidade de mudança de local do pedágio, na Baixada, colocando-o mais próximo de Petrópolis, foi um dos assuntos discutidos na Comissão de Viação e Transportes (CVT), realizada no dia 13, na Câmara dos Deputados, para debater a duplicação da BR-040 (Rio-Petrópolis-Juiz de Fora). O deputado federal Hugo Leal questionou esta decisão e os vereadores do PSC também se posicionaram contrários a esta ideia, que vai beneficiar os moradores de Xerém.
O líder do PSC, vereador Marcio Vieira Muniz, disse que é grande o movimento para colocar o pedágio mais próximo de Petrópolis, livrando 100% da população de Duque de Caxias de ter de pagar o pedágio. Para ele, isto é um absurdo e “vai prejudicar os petropolitanos, com a concessionária demonstrando mais uma vez que não tem preocupação com Petrópolis”.
Marcio Muniz pediu ao deputado Hugo Leal que faça esforços em Brasília, junto às comissões, para que não aconteça a modificação do local do pedágio. Para o vereador, o pedágio deveria ser próximo ao Hospital do Carmo, no primeiro quilômetro da estrada. “A população de Petrópolis e de outros municípios não pode arcar com as despesas dos irmãos de Duque de Caxias, que já nos sobrecarregam em certos momentos na área da Saúde e em outras benesses da nossa cidade”.
Hugo Leal questionou o pedido de mudança da praça do pedágio, em discussão na audiência pública, lembrando que a forma apresentada pela Concer vai prejudicar os moradores de Petrópolis. Além da cobrança da tarifa ficar exclusivamente para os moradores do município, somado ao pedágio em Barra Mansa, na Dutra, Petrópolis ficará praticamente com dois pedágios. “Isso vai impactar quem mora depois do local”, afirmou Hugo.
Para o deputado, quem pagou a Estrada do Contorno em Juiz de Fora (MG), durante o período de concessão, foram os usuários da BR-040 de Petrópolis, Caxias, Areal, São José do Vale do Rio Preto e Três Rios. Segundo Leal, pelo contrato a Concer deveria ter executado a obra da Estrada do Contorno no final, mas acabou sendo realizada antes mesmo da duplicação da rodovia na Serra.
Hugo Leal questionou o pedido de análise feito pela Concessionária Rio/Juiz de Fora (Concer), de prorrogação do prazo para a realização das obras. Segundo o parlamentar, pelo contrato de concessão, a duplicação desse trecho, além de ser uma discussão antiga, já deveria ter sido executada pela concessionária há 15 anos. Hoje, para a execução da obra, são previstos investimentos de R$ 800 milhões.
Para o deputado, a análise do pedido de prorrogação deve levar em consideração as obras que deveriam ter sido feitas e não foram realizadas, bem como o levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com o equilíbrio econômico-financeiro do período em que a concessionária ficou quase com 20% da taxa de retorno do investimento. Hugo quer saber também o quanto a Concer já dispõe de recursos e o que ainda terá que ser disponibilizado para somar os R$ 800 milhões de investimentos para a obra.
“A pergunta é simples. Quem vai pagar essa conta?”, questionou o deputado Hugo Leal. Na audiência, ele esclareceu que a obra de duplicação tinha que ter sido realizada logo depois dos primeiros cinco anos de arrecadação, período estabelecido no contrato de concessão, para então ser executada. “Quinze anos depois, o que estamos discutindo novamente aqui, hoje, é a duplicação”, assinalou Hugo Leal.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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