terça-feira, agosto 09, 2011

Recuperação de rios da serra deve custar R$800 milhões

O bispo Dom Filippo Santoro, em reunião com a presidente do Inea, Marilene Ramos, e representantes do Estado: discussão sobre recuperação. / Divulgação
Dando continuidade às reuniões com representantes do Governo do Estado, na busca de respostas e soluções para as vítimas da região do Vale do Cuiabá, o bispo de Petrópolis, Dom Filippo Santoro, se reuniu na manhã de ontem com a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos. Durante o encontro, ela explicou que hoje serão necessários mais de R$ 800 milhões para realizar as obras necessárias nos rios onde ocorreu a tragédia de 12 de janeiro.
Marilene Ramos disse que os recursos já foram pedidos ao governo federal e, como ainda não chegaram, está aproveitando para elaborar todos os projetos, pois segundo ela hoje a União somente libera o dinheiro com apresentação de projetos. Ela disse que, com apoio do Banco Mundial, está conseguindo um rádio meteorológico, para que seja possível ter dados sobre a chuva em tempo real.
O bispo diocesano apresentou uma série de questionamentos dos moradores, que foram esclarecidos pela presidente do Inea ou pela representante do Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP-Rio), Juliana Leitão, que coordena o trabalho de cadastramento e reassentamento das famílias. Parte dos problemas apresentados depende de estudos caso a caso, que irão ocorrer de forma mais rápida após a conclusão definitiva do estudo técnico sobre as áreas de exclusão.
O questionamento apresentado por Dom Filippo Santoro foi lhe entregue por uma comissão de moradores na noite de quinta-feira, quando manifestaram ao bispo a preocupação com a falta de esclarecimento. Para Dom Filippo Santoro, a reunião foi importante, principalmente pelo posicionamento da presidente do Inea, que ficou de levar para o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, perguntas dos moradores que serão respondidas por vários órgãos do estado, entre eles a Procuradoria Geral do Município.
A presidente do Inea considerou a reunião positiva pela oportunidade de esclarecer dúvidas sobre o papel de cada órgão estadual na recuperação dos danos causados pela tragédia de janeiro, que deixou centenas de vítimas. Ela ressaltou que o Inea, além do trabalho técnico de definição de áreas de exclusão, também atuou na situação de emergência, na desobstrução de vias, vistoria para recuperação de pontes, dragagem de rios. O Inea também colocou em funcionamento estações telemétricas para ampliar o Sistema de Alerta de Cheias da Região Serrana.
“Para a recuperação ambiental e controle de inundação dos principais rios afetados em Petrópolis, Teresópolis e Friburgo, foram estimados R$ 890 milhões para serviços de dragagem, intervenções hidráulicas e implantação de parques fluviais. Os recursos já foram solicitados ao governo federal”, explicou Marilene.
As áreas de exclusão estão localizadas nas margens dos rios e não devem mais ser ocupadas. Após a definição dos imóveis que deverão ser removidos, o estado vai implantar parques fluviais para impedir novas ocupações. Nas áreas com alto risco de inundação, também identificadas pelo estudo, os moradores terão a opção de recorrer ao reassentamento oferecido pelo estado.
Fonte: Tribuna de Petropolis

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