quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Governo muda projeto e amplia Parque Fluvial

Moradores e empresários de Itaipava já não acreditam na eficiência do Parque Fluvial, cujas obras foram iniciadas em 2008, depois de inundação que matou nove pessoas. Mesmo assim, é a providência mais visível que o governo do estado toma, depois de duas tragédias. Agora, o projeto deve sofrer modificações e será ampliado em mais nove quilômetros no trecho do Rio Santo Antônio até o Vale do Cuiabá. O projeto previa a recuperação da faixa marginal dos rios Piabanha e Santo Antônio, em 32 quilômetros de extensão dos dois rios, sendo 26 deles ao longo do Piabanha – no trecho entre o Retiro e o distrito da Posse; e outros seis quilômetros, no Rio Santo Antônio, desde a foz até o bairro Madame Machado – e será ampliado até a região do Vale do Cuiabá. “O trecho de seis quilômetros do Rio Santo Antônio, que havia sido incluído após as chuvas de 2008, precisará ser ampliado para uma área de cerca de 15 quilômetros, chegando até o Vale do Cuiabá, área atingida pelas chuvas do dia 12. Nossas equipes estão fazendo o levantamento de campo, para definir a faixa ao longo do rio que deverá ser desocupada e para que possamos definir que uso será dado a este espaço. A intenção é que na área urbana sejam instaladas ciclovias e equipamentos de lazer, por exemplo. Na parte rural, será feito o reflorestamento e será permitido também o uso agrícola da área”, explica a presidente do Inea.
A intenção é de que nas áreas atingidas o limite de faixa marginal dos rios, entre 10 e 15 metros, seja recuperado e que em alguns pontos essas áreas sejam urbanizadas, criando áreas de praças que receberão equipamentos de lazer para os moradores. Marilene Ramos frisa que técnicos estão avaliando toda a área atingida pelas chuvas do dia 12 e fazendo um levantamento dos imóveis e propriedades que não deverão ser desocupados. “Vamos fazer valer a lei, retirando as ocupações em áreas de risco. Teremos moradores que serão direcionados ao programa Minha Casa, Minha Vida, para o aluguel social e também casos de desapropriações. Ao longo do Rio Santo Antônio, até o Vale do Cuiabá, são cerca de 600 imóveis nessa situação”, adianta Marilene Ramos.
A implementação das modificações no projeto do Parque Orla vai exigir mais recursos. Segundo a presidente do Inea, o projeto inicial de recuperação do Rio Santo Antônio, em um trecho de seis quilômetros, era orçado em R$ 15 milhões e pode passar a custar R$ 40 milhões.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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