sábado, outubro 16, 2010

Horário de verão


O horário de verão começa à meia-noite de domingo, o que significa que os brasileiros dos Estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste, além do Distrito Federal, terão de adiantar os relógios em uma hora, e dormir e acordar mais cedo. A medida dura até 20 de fevereiro.

Nos 24 municípios da área de concessão da AES Eletropaulo, o horário de verão trará redução de demanda de até 6% (430 megawatts). Isso equivale ao funcionamento de cinco subestações da empresa no horário.

De acordo com os cálculos do Ministério de Minas e Energia, a região Sudeste terá redução de energia de 5% no horário de pico, entre 19h e 21h, durante os cinco meses da alteração. A medida permite o aproveitamento da luz natural, diminuindo a sobrecarga dos sistemas de transmissão e distribuição em época de maior consumo, reduzindo o risco de colapso no fornecimento.

Desde 2008, a mudança no horário ocorre sempre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro.

O assunto é polêmico. Alguns comemoram a data, outros entram em conflito com o relógio biológico até regular o sono no ritmo do novo horário. Afinal, com a mudança, os dias ficam mais longos e o cansaço durante o dia é acumulado.

Mas, na visão da neurologista e coordenadora do Laboratório do Sono da Faculdade de Medicina do ABC, Rosa Hasan, quem sofre mais com a alteração são as pessoas que não possuem hábitos saudáveis de vida. "Os únicos que podem sentir a sonolência é quem já tem problema de sono. Quem tem o sono normal e vida saudável não enfrenta dificuldades. Às vezes, as pessoas demoram a dormir. Não é porque escurece mais tarde que você vai dormir mais tarde", explica.

Segundo a especialista, os idosos fazem parte do grupo de pessoas que têm maior dificuldade para dormir, justamente por serem mais velhos.

Sintomas como dor de cabeça, falta de apetite e mau humor são constantes em quem já tem problemas para dormir. Por isso, além de tentar regrar o sono, deve-se evitar alimentos pesados à noite, a ingestão de bebidas alcoólicas e cafeína.

A neurologista alerta para não afrouxar a rotina em virtude da alteração. "Como a mudança ocorre no fim de semana, não há motivo para as pessoas não dormirem direito. Quando viajamos para o exterior e enfrentamos fuso horário de uma hora, praticamente não sentimos a diferença. A maioria das pessoas reage normalmente."

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