sábado, setembro 18, 2010

Motoristas de táxi que rejeitaram corrida curta podem ser multados

O presidente da Associação Petropolitana dos Taxistas, Sidnei Ramires Cardoso, se manifestou ontem contra a atitude de profissionais da classe que se recusaram a fazer uma corrida curta, na manhã de quarta-feira, para uma idosa de 93 anos. A CPTrans já emitiu uma notificação aos motoristas do ponto de táxis denunciado por um empresário do ramo das panificadoras, dando um prazo de 24 horas para que apresentem defesa. Caso contrário, a multa será de R$ 101,64.
De acordo com o presidente da associação, o decreto que rege o serviço permissionado dos táxis prevê apenas cinco tipos de situações que permitem que o taxista se recuse a fazer uma corrida. Uma delas é o passageiro estar vestido com trajes ou portar objetos que possam sujar ou danificar o carro. “Após às 22h, o motorista também pode se negar a atender um cliente que não queira apresentar identificação e também não é obrigado a transportar um passageiro embriagado ou sob o efeito de substâncias tóxicas”, complementa.
Outros dois motivos de recusa são o transporte de animais ou no caso do cliente estar sendo perseguido por autoridades ou pelo “clamor público”. “Ou seja, a cliente não estava em nenhuma dessas situações e o taxista ainda tinha a opção de já sair do ponto com o taxímetro ligado. Pelo percurso que teria que fazer para chegar até ela, a corrida não sairia por menos de R$ 10”, afirma o presidente da associação. “Além da própria legislação prever isso, o empresário ainda deu essa sugestão como forma de convencer os motoristas a atender sua mãe, mas não foi o suficiente”, ressalta.
A situação veio à tona na manhã de quarta-feira, depois que a idosa ficou quase 30 minutos à espera de uma condução que a levasse da Rua 16 de Março até o topo da Rua Nelson de Sá Earp, ao lado do Bauhaus Expansão. O empresário fez três tentativas. As duas primeiras por telefone e, na última, pediu que um funcionário fosse até o ponto. Os motoristas estavam autorizados a começar a cobrar a corrida no mesmo instante que deixassem o ponto. Vale lembrar que de acordo com o trânsito do município, para chegar até o local onde estava a idosa o taxista teria que dar uma volta na cidade, passando, inclusive, pela Avenida Koeler. “Mas, a preocupação deles é com o retorno. Mesmo assim, o percurso que teriam de fazer para voltar ao ponto seria bem menor. Ou seja, não tem justificativa”.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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