Clima seco aumenta incidência de doenças respiratórias em todo o país

Os petropolitanos estão estranhando o clima seco, gerado pela baixa umidade do ar, o que aumenta a incidência de doenças respiratórias, principalmente em pessoas que já possuem alergias como a rinite. A empresa de meteorologia Climatempo publicou em seu site um aviso de alerta informando sobre a grande massa de ar quente e seco, responsável pela baixa a umidade do ar, que predomina sobre quase todo o Brasil desde o último fim de semana. Valores de umidade relativa abaixo de 12% representam estado de emergência, entre 13 e 20% estado de alerta e entre 21 e 30% estado de atenção. Em Petrópolis, a umidade do ar deve variar entre 20 e 30%.
“Minha esposa está com sinusite e princípio de pneumonia, e minha filhinha de 4 anos também. E eu estou com a gargante inflamada”, disse o bancário Alexandre Mendes.
A secretária Leonor Corrêa dos Santos que sofre de rinite alérgica, comentou que só com muita água para aguentar o clima seco. “Pra gente que mora em Petrópolis e tem rinite alérgica é uma maravilha. Está muito seco, o nariz escorre, entope. Haja água e soro”.
De acordo com Marcelo Pinheiro, meteorologista do Climatempo, essa massa de ar seco tem origem polar e veio acompanhando a frente fria que chegou aqui no fim de semana do último dia 14 de agosto. “Ela tem dificultado a formação de nuvens de chuva e a entrada de frentes frias. A massa foi se aquecendo e perdeu suas características polares durante esse tempo. Ela deve permanecer até segunda-feira. Baixos valores de umidade do ar são comuns durante as tardes de inverno.”
O pneumologista José Henrique Castrioto explicou que o clima seco causa mal-estar por conta de uma desidratação geral, inclusive das mucosas das vias respiratórias. “As pessoas respiram mal, e o sistema respiratório tem a reação paradoxal de produzir uma quantidade bem maior de secreção. É uma tentativa do nosso corpo de combater a secura”.
As orientações são de grande ingestão de líquido para hidratar o corpo. O Climatempo alerta que a população de áreas com baixa umidade do ar deve se manter informada com a defesa civil e, independente de qualquer aviso, além da hidratação através da ingestão de líquidos, deve evitar atividades físicas entre 10 e 17h, como também grandes aglomerações.
Os estados do Centro-Oeste, Distrito Federal, interior de São Paulo, oeste de Minas e da Bahia e sul do Tocantins e de Rondônia encontram-se em situação mais crítica. Netas áreas, a umidade relativa do ar fica entre 10 e 15%, com a possibilidade de baixar ainda mais.
Fonte:Tribuna de Petrópolis