segunda-feira, junho 14, 2010

Seis carros capotam na Serra de Petrópolis

Motoristas que passavam pela Rodovia BR-040, na última sexta-feira, ficaram apavorados com o número de carros capotados ao longo da estrada. Em menos de três horas, entre o Km 89 e 96 da pista de descida, foram seis veículos mas, por sorte, não houve feridos. Além do susto, as vítimas tiveram apenas que arcar com os seus prejuízos. O óleo, unido à pista molhada pela chuva, seria uma das causas da sequência de acidentes.
Num dos casos, uma Parati ficou bastante danificada. O acidente foi assistido pelo funcionário público Eliel Ramos, que estava às margens da rodovia ajudando um amigo que havia passado pela mesma situação cerca de uma hora antes. “Este aconteceu a cerca de 500 metros de distância. Levamos um susto e corremos para ajudar o motorista. Apesar do carro ter sofrido uma série de avarias, o motorista estava bem. No braço, ainda tivemos que ajudar no destombamento do carro”, conta Eliel, lembrando que, atendendo o chamado do amigo, havia descido a serra às 13h e permaneceu no local até às 16h. O funcionário público revela que, a partir daí, outros acidentes aconteceram. “Além do carro do meu amigo, outros cinco capotaram. Não consegui entender o que houve. Se a causa dos acidentes foi o excesso de velocidade ou pista escorregadia mas, mesmo assim, acredito que providências têm que ser tomadas”, opina, salientando que a partir da segunda capotagem passou a observar a estrada mas não encontrou manchas de óleo. Ele acrescentou ainda que no período em que esteve no local, soube através de funcionários da Concer que o cálculo era de que dez carros já haviam capotado.
Mas, para Jorge Lisboa, representante da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, óleo na pista é a causa mais provável dos acidentes. “Também acredito que os veículos estivessem com a velocidade acima do permitido mas, se a manutenção da estrada estivesse sendo feita como deveria, as capotagens não teriam ocorrido”, opina Jorge, acrescentando que sacos de areia e serragem deveriam ser mantidos diariamente na caçamba das caminhonetes da concessionária. Para o caminhoneiro, essas simples providências poderiam evitar grandes tragédias. “Se o material já estiver no carro, basta que o funcionário espalhe a serragem ou a areia. O importante é que façam”, complementa Jorge Lisboa, lembrando, mais uma vez, que a serra de Petrópolis é um dos trechos mais perigosos da Rodovia BR-040. “As atenções têm que estar voltadas, principalmente, para os trechos onde existem curvas, entre eles, a região conhecida como Curva da Cebola, na altura do Km 96, onde caminhões cegonhas tombaram há alguns meses”.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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