Termômetros próximos dos 40 graus

O verão tem sido um dos mais quentes dos últimos anos em toda a Região Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Há quinze dias os termômetros registram temperaturas máximas superiores a 32 graus em Petrópolis, segundo dados do engenheiro agrônomo, Rolf Dieringer, que desde 1981 realiza medições diárias da temperatura na cidade.
Ontem, em alguns pontos os termômetros registravam impressionantes 38 graus. Segundo o engenheiro, na última quinta-feira, dia quatro, foram registrados 34 graus, um dos dias mais quentes do ano até ontem. Os medidores ficam na Avenida Barão do Rio Branco e, de acordo com ele, em outros locais as temperaturas estavam mais elevadas. “Se colocarmos um medidor no sol, hoje, a temperatura ultrapassa os 45 graus. Estamos vivendo uma onda de calor que há muito tempo não se via”, disse.
Segundo os especialistas, o aumento do calor se deve a uma massa de ar quente sobre as regiões Sudeste e Centro-Oeste que bloqueia a chegada de frentes frias originárias do Sul. O fenômeno El Niño ainda agrava a sensação de calor intenso. O fenômeno, caracterizado pelo aumento das águas do Pacífico, aumenta a quantidade de chuvas na Região Sul e diminui na porção norte do país.
Segundo o Climatempo, o calorão continua até o Carnaval. A previsão é de temperaturas acima dos 31 graus em Petrópolis, com a mínima entre os 18 e 23 graus. De acordo com a meteorologia, apesar do aumento de nuvens devido às altas temperaturas, as chuvas devem ser esparsas principalmente no final da tarde e só devem ocorrer no final de semana.
O último registro de chuva na cidade ocorreu na quarta-feira passada, dia três. Segundo dados da Defesa Civil, choveu cerca de um milímetro no Bingen. Em outros pontos da cidade, como no Centro por exemplo, não chove há quase dez dias.
A forte onda de calor gerou na última semana um aumento recorde no consumo de energia em quatro das cinco regiões. A notícia foi divulgada pelo Sistema Integrado Nacional (SIN). O órgão registrou uma demanda de energia de 64.561 MW. Apenas a Região Norte não bateu o recorde de demanda de energia.
Fonte: Tribuna de Petrópolis