sábado, agosto 15, 2009

Álcool em gel está em falta no mercado de Petrópolis


Devido à grande procura pelo álcool em gel, o produto não é mais encontrado na maioria das farmácias petropolitanas. Segundo Mussolini de Oliveira, presidente do Sindicato Varejista de Petrópolis e empresário, os fabricantes não estão conseguindo produzir em grande escala. 'Fiz o pedido no início da semana mas não me deram prazo para entrega', informou o comerciante.

Existem em Petrópolis, hoje, cerca de 50 farmácias. Só no Centro são 20 estabelecimentos que vendem o álcool em gel. 'Antes não vendia este produto, agora todo mundo quer, por isso as vendas subiram 200%', comentou Alexandre Fernandes, farmacêutico.


Em média, são vendidos diariamente nas farmácias 100 frascos do álcool em gel, o que dá uma média de quase cinco mil frascos. 'As pessoas procuram e não temos pra vender. O que chega é vendido', disse Alexandre.

Mesmo com a grande procura, o preço do produto deve permanecer, segundo informou Mussolini. 'O preço da matéria-prima não aumentou, não tem por que os estabelecimentos venderem mais caro', comentou o empresário.

O frasco de 60 ml é o mais procurado pela população, por ser menor cabe na bolsa e também pode ser levado pelas crianças nas mochilas. O preço varia entre R$ 4,60 e R$ 5,00; já o frasco maior de 440 gramas, por exemplo, está custando em média R$ 12 e está sendo procurado por empresas e escritórios.

Já nas farmácias de manipulação, o produto só está sendo vendido por encomenda. 'O problema não é a matéria-prima, e sim os frascos. Não tenho mais e o fabricante ainda não entregou', informou Luiz Alberto Vasconcelos, farmacêutico e empresário. Segundo Luiz, a procura nesta semana aumentou ainda mais, devido ao início das aulas, marcada para o dia 17. 'As mães querem comprar para que os filhos levem nas mochilas, mas está difícil dar conta da demanda', comentou Luiz.

O álcool em gel pode ser usado por qualquer pessoa, raramente causa alguma alergia e é o mais indicado para desinfetar as mãos e superfícies. O uso do produto é indicado pelo Ministério da Saúde, como forma de prevenção. 'Não existe contra-indicação no uso do álcool, nunca ouvi falar de alguém que tenha alergia ao produto, o que pode acontecer é um ressecamento das mãos com o uso excessivo', informou o alergista Célio Castilho.

A higiene é uma das principais recomendações do Ministério da Saúde, como prevenção da Gripe A. “Para higienização das mãos, o álcool deve ser acima de 70 graus. Abaixo desse valor ele não cumpre as funções bactericidas e germicidas. É importante que a população compre o álcool nas farmácias, os que são vendidos em mercados não são indicados para desinfetar”, explica Luiz Alberto.

O álcool em gel surgiu no mercado há cerca de quatro anos, substituindo o álcool líquido, que, segundo o Ministério da Saúde era prejudicial a saúde, podendo ocorrer acidentes graves, principalmente com crianças. 'A composição do álcool em gel e o líquido é a mesma, o que muda é a segurança, mas vale ressaltar à população que lavar as mãos com água e sabão também é eficaz. O importante é manter a higiene', concluiu Luiz Alberto.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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